Infelizmente a
história das Casas Procópio se perdeu no tempo, junto com o falecimento de seus
idealizadores. O depoimento a página de Marcos Pereira de Souza, neto do Sr. Elysio (falecido em 1986), um
dos fundadores, nos trás a lembrança desse estabelecimento que
ainda hoje é lembrado quando se fala sobre o antigo comércio de Pelotas.
Rua Andrade Neves, ainda sem o calçadão, na década de 70. Casas Procópio a esquerda, entre as lojas Modalam e Imcosul. |
Sr.
Elysio Belchior Pereira (estaria
completando 100 anos este ano) e
seu irmão Sr. Wilson Belchior Pereira foram os fundadores das Casas Procópio,
especializada em calçados, na década de 30 com uma pequena loja na Rua XV de
Novembro. Nos anos 60 abriram uma Procópio na Rua Andrade Neves, conhecida como
“A Feira de Calçados”, onde hoje localiza-se a C&A. No fim da década de 70
foi criada a Procopinho, filial especializada em calçados infantis, que
assim como a Procópio, teve dezenas de filiais em cidades como Rio Grande
e Bagé. Havia a loja chamada "Procópio Boutique" (3° Procópio), onde antes foi a loja chamada "John John", da familia dos donos da Procópio, especializada no jeans "Staroup" (durou poucos anos), no calçadão da Rua Andrade Neves, em frente a antiga Casa Beiro, foi ali naquele local que trabalhou Rejane Vieira Costa (Rejane Goulart), onde a convite da "Associação
Atlética Casas Procópio" participou do concurso Miss Pelotas se
consagrando campeã e vindo a disputar e também vencer os concursos de Miss
Rio Grande do Sul e Miss Brasil, e por fim Vice-Miss universo (1972), Rejane
era natural de Cachoeira do Sul, e criou-se em Pelotas, vindo a
falescer em 2013. E por fim em 1981, em frente ao Café Aquários a Procópio
inaugurou a Timesport, sua divisão de esportes.
Em
1985 as Casas Procópio foi vendida a loja "Leila Calçados" de
Porto Alegre, depois ainda funcionou naquele local a Empório de
Tecidos. A loja C&A quando se instalou em Pelotas adquiriu três
imóveis no centro no ano de 1997, sendo os dois onde ficavam a Feira de
Calçados da Procópio, a Procopinho e um terceiro ao lado.
A
Timesport permaneceu com a família, nas mãos do Sr. Antônio Carlos Marroni
Pereira, filho do Sr. Elysio Belchior Pereira. Em 1985 passou a ser
de Vinícius Pereira e retornou a ser do Sr. Antônio Carlos em
1997 que veio a fecher em 2007 com seu falecimento.
Foto também da década de 30. Sr. Elysio Belchior Pereira de terno claro. |
Fachada da primeira filial das Casas Procópio ampliada. |
Inauguração da uma nova filial da Procópio. No verso, bem apagado, dá para ver uma anotação que seria dos anos 50. |
Foto de uma promoção das Casas Procópio de 1982, na Rua Andrade Neves, com o ator Ferrugem (garoto propaganda da Ortopé). |
Logomarca da casa de calçados da Procópio nos anos 80, a Procopinho. |
Esta logomarca é datada de 1981, quando aconteceu a inauguração da Timesport.
Curiosidades:
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- Na
inauguração da Procópio de Rio Grande causou um alvoroço na
cidade pois foi contratado o ator Castrinho, que na época fazia um
quadro no programa do Chico Anysio como personagem Cascatinha. Foi um
tumulto tão grande que tiveram que fechar as portas da loja e na
saída as pessoas queriam tocar no Castrinho e acabaram rasgando a
roupa que ele usava.
- Em
épocas de Dia das Crianças e Natal alguns funcionário da loja
saiam no centro vestindo fantasias do Pato Donald e Mickey, cujas
cabeças eram enormes, feitas em fibra.
- A Loja Ofertão, que se localizava na Mal. Floriano, entre Osório e Deodoro, também pertencia aos donos da procópio. Tinha como objetivo atingir um público de menor poder aquisitivo, com venda de pontas de estoques e marcas mais baratas. Em 84 foi vendida a dois ex-funcionários e mantiveram até a década de 90, quando então foi vendido o prédio. Um dos ex-funcionários que comprou o Ofertão foi o Luis Oliosi que depois de encerrar as atividades da loja fez o Restaurante Batuva, junto com o Alfredo Mello.
Texto de Fábio Zündler
- Também foi da rede das Casas Procópio, talvez
a primeira Surf Shop de Pelotas, a Caiaque Surf Shop, que viveu o verão de 1983 ao lado da Timesport, onde depois foi a loja do Brasil de Pelotas, havia uma filial no Cassino.
- A Loja Ofertão, que se localizava na Mal. Floriano, entre Osório e Deodoro, também pertencia aos donos da procópio. Tinha como objetivo atingir um público de menor poder aquisitivo, com venda de pontas de estoques e marcas mais baratas. Em 84 foi vendida a dois ex-funcionários e mantiveram até a década de 90, quando então foi vendido o prédio. Um dos ex-funcionários que comprou o Ofertão foi o Luis Oliosi que depois de encerrar as atividades da loja fez o Restaurante Batuva, junto com o Alfredo Mello.
Texto de Fábio Zündler
Reprodução de propaganda das lojas Procópio em jornal local. Reprodução de Leni Dittgen de Oliveira |
atualizada em
23.4.2015 sobre Rejane Vieira Costa
27.4.2015 curiosidades
2.5.2015 sobre Caique Surf Shop
4.5.2015 sobre Ofertão
12.05.2015 Add foto rua XV de Novembro.
14.5.2015 Foto lápis e fachada ampliada.
24.6.2015 Foto da banda da ETFPel do Memorial IFSul.
10.10.2016 Reprodução de propaganda em jornal local
Olá Fábio.
ResponderExcluirAinda não são 4 horas da manhã quando surpreso abri teu site e deparei-me com essa matéria espetacular sobre a a Loja Procópio. Havia nos anos 60 uma propaganda desta loja feita com um homem vestido de boneco, com enorme cabeção que ficava na calçada atraindo a clientela. Eram as promoções das Loja Procópio que dizia 'AS BOTINADAS DA CASA PROCÓPIO'. Eram tão popular esta propaganda que os soldados do então 9º RI apelidaram uma Aspirante e depois 2º Tenente R/2 cujo nome vou declinar, de Procopinho, devido sua semelhança com o boneco.
Maravilha.
Quantas saudades me traz esta obra histórica da nossa Pelotas.
Grande abraço.
Saúde e muita paz.
Prof. Pedro
Satisfação, maravilha essa viajem! Muito bom proporcionar isso as pessoas! Esta matéria esta em aberto quando tiver informações estarei atualizando - as. Abraço.
ExcluirOlá caro amigo.
ResponderExcluirMadrugada, chovendo e sem sono comecei a procurar algumas novidades e passei por aqui e parei para dar uma espiadela. Assim sendo vou deixar mais um comentário, não sobre o texto em si, mas especificamente sobre a primeira foto que ilustra este post. Vemos nela a tradicional Rua Andrade Neves, e a também tradicional Pernambucanas. Esta rede de lojas começou a ser construída no início do século passado, fundada por um nórdico que veio trabalhar no Brasil como tradutor já que era um poliglota. Comprou uma antiga fábrica de tecidos paulista em Pernambuco e dali surgiu o que foi uma das maiores redes de lojas do país, diga-se de passagem uma loja mais que centenária. Por disputas internas na família muitas unidades foram a falência, inclusive não mais existe em Pernambuco. Logo após vemos a Procópio e em seguida a saudosa Imcosul, cujo nome de fantasia não está errado, a letra "m" antes do "c" é devido a sua razão social, IMportadora COmercial do SUL, que em seu auge nos anos setenta e oitenta começou a importar motos, que enchiam os olhos da garotada. Possuía uma enorme loja na cidade de Esteio, onde ví estas primeiras motos, e esta loja era gerenciada pelo Sr. Roberto Paris. Hoje, dizem por administrações incorretas, restringe-se a apenas uma loja, se não estou enganado, e esta fica em Porto Alegre. Perdeu sua importância e força de importação e comércio.
Outra coisa que nos chama a atenção nesta foto são os automóveis, verdadeira carroças, mas para a época era o que se tinha e chamavam a atenção dos poucos "riquinhos" que podiam comprar um carro. Hoje os automóveis são melhores, mais bonitos e confortáveis e cheios de tecnologia e qualquer um tem. Como as coisas mudaram em menos de meio Século.
Tenhas um bom domingo, domingo dedicados a todas as mães, as quais cumprimento.
Um abraço.
Esperamos novidades.
Att.
Prof. Pedro.
E UMA VIAGENS AO PASSADO. FAZ PARTE DA HISTORIA DA NOSSA FAMILIA E TAMBEM MINHA.
ResponderExcluirGRANDE ABRAÇO.
VINICIUS PEREIRA
Obrigado.Abraço
ExcluirMe lembro do Pery, e as propagandas eram feitas pela SPS publicidade
ResponderExcluirMinha mãe foi funcionária da Procópio nos anos 60. Sempre conta histórias a respeito da generosidade de seus donos para com os funcionários. Na época trabalhava-se até as véperas do dia de Natal e uma ceia farta era montada em uma das filiais para os funcionários com muito zelo e capricho. Havia um respeito muito grande pelos empregados diz ela.
ResponderExcluirAbraços
Edwin Fickel
Obrigado pelo depoimento!
ExcluirLembro bem da 3a. Procópio, pois trabalhei lá pelo final da década de 1950. O gerente era o sr. Elysio Pereira. Existia, na época, as famosas "fogueiras de maio". Outro irmão, o sr. Wilson Pereira, possuia uma fábrica de máscaras, situada na rua Gal. Teles, entre Álvaro Chaves e Alberto Rosa. Na foto da loja da rua 15 de Novembro (à esquerda), aparece a famosa "A Fruteira", que na época pertencia ao Ary Schwonke. Carlos Silveira.
ResponderExcluirA fábrica de máscaras poucas pessoas sabem sobre ela,eu como filha me lembro muito bem,localizada na rua general teles,ao lado de nossa casa
ExcluirHoje 10 de outubro de 2017,chove muito em Pelotas.passeanso virtualmente me deparo com esta matéria belíssima e histórica. Nesta tarde me agraciou lembrando o passado de Pelotas e Desta loja que deixou saudades e fez eu viajar no tempo. Obrigado
ResponderExcluirObrigado. Que bom que gostou. Volte sempre e acompanhe nossos vídeos no https://www.youtube.com/channel/UCavbfHUJYjRt_burH-K6R3g?view_as=subscriber. Abraço!
ExcluirEu me recordo dessa lojs na década de 80, minha mãe fazia crediário na Procópio, para prover as vestimentas nossas de adolescentes, tbm me lembro de frequentar a loja com amiguinhas e colegas, era bem movimentado o nosdo centro/calçadão, luso, beiro,casa Paris, Mazza...boas recordações!!ob obrigada 🙏
ResponderExcluirAlguem lembra do BONECO DA PROCÓPIO...???
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