Foto de Daniel Gianequine |
Ponto
de encontro para os pelotenses e turístas, assim se tornou um dos
locais mais visitados na cidade. No inicio, em 1968,
era apemas uma estrutura construída e coodenada pelo Valverde Praia
Clube, para pesca na lagoa dos patos, há 500 metros da praia (hoje a
parte horizontal), o acesso era através de um barco a remo. Na
década de 70 foi construída a passarela de madeira utilizada até
meados de 2009, quando teve sua interdição decretada pelas más
condições. Após reforma foi entregue a sociedade no
ano de seu bicentenário, em 2012, pelo então prefeito
Adolfo Fetter, uma
iniciativa conjunta do Grupo de Apoio ao Trapiche, da Prefeitura e do
Sindicato da Indústria da Construção e Mobiliário (Sinduscon) de
Pelotas. O projeto original para o novo trapiche contemplava uma
plataforma de concreto, porém, para essa obra não foi concedida a
autorização dos órgãos competentes.
Foto de Leandro Selister Jan 2017 |
Abaixo
reprodução do texto publicado no jornal Diário Popular de 01 de
Setembro de 2013.
“Como
tudo começou
No
dia 31 de janeiro de 1963 diversos veranistas e moradores do
balneário Valverde se reuniram. A pauta era a fundação de um clube
social e desportivo capaz de oferecer momentos de entretenimento e
descontração. Nascia assim o Valverde Praia Clube. Entre as tantas
atividades desportivas que o clube oportunizava a seus sócios, a
pesca foi a cada dia ganhando mais adeptos e agregando simpatizantes.
Por muito tempo, o Valverde promoveu inúmeros campeonatos de pesca
em nível estadual, nacional e até mesmo internacional.
Foi
a partir do crescimento e da popularização da pesca como modalidade
desportiva que um grande contingente de associados, frequentadores e
moradores articulou-se perante o clube e reivindicou um local
apropriado para “atirarem suas linhas” sossegadamente na Lagoa
dos Patos.
O
Valverde Praia Clube levou adiante a ideia e conseguiu com a Marinha
a concessão do espaço onde foi construído, na década de 1970, o
Trapiche José Marcos Leite Magalhães ou como popularmente é
conhecido, o Trapiche do Valverde. José Magalhães ou Jojo como era
chamado, foi um obstinado personagem que defendeu a fundação da
estrutura.
Sua
militância e assídua participação em todas as etapas do projeto
são aspectos que até hoje estão vivos na memória de associados e
moradores mais antigos do Laranjal. Já falecido, Jojo tem seu nome
vinculado ao patrimônio pelotense.
Sócios
eram conduzidos de barco
Sobre
a construção do trapiche, sabe-se ainda, partindo de relatos, que a
cabeceira (parte horizontal situada no final da edificação) foi a
primeira etapa a ser finalizada. Posteriormente foi erguida a casa de
apoio, segunda parte da construção, onde as pessoas tinham a
possibilidade de se refugiar caso houvesse viração de tempo. Esse
local ainda servia para guardar o aparelhamento de pesca utilizado
pelos usuários durante suas estadas no trapiche.
Os
sócios do Valverde Praia Clube eram conduzidos de barco, com horário
previamente marcado com a direção, para praticarem a pesca
esportiva e usufruírem ainda da bela paisagem da Lagoa dos Patos a
seu redor. Era o conhecido “seu” Darcy o funcionário responsável
por levar e buscar os associados até o trapiche.
Ressaca
inviabiliza estrutura
O
ponto mais crítico na história do trapiche foi 2001. Após uma
ressaca que atingiu implacavelmente toda a extensão da orla da praia
do Laranjal, o trapiche teve suas estruturas completamente
danificadas, restando somente melancólicos resquícios de sua
edificação original.
Atualmente,
passados dez anos, o trapiche ressurge. Imponente e vistoso como uma
fênix renascente das cinzas de um passado opaco que hoje dá lugar a
um presente de consagração onde o povo pelotense prestigia com
satisfação e alegria.”
Trapiche Laranjal 30 07 14 by Fly Camera Pelotas |
Fonte: