9 de dez. de 2014

Banco da Província do Estado do Rio Grande do Sul em Pelotas

O antigo Banco da Província do Estado do Rio Grande do Sul, situado na Praça Coronel Pedro Osório esquina com XV de Novembro, foi construído em 1926 pela firma Azevedo Moura & Gertum, tendo como responsável técnico o engenheiro Fernando Azevedo Moura. Em 1972 funde-se com o Banco Nacional do Comércio (Banmércio) e o Banco Industrial e Comercial do Sul (Sulbanco), dando origem ao Banco Sul Brasileiro. O imóvel que em 1976, foi vendido ao Banco Itaú, que até hoje (2019) possui agencia no local.

Foto atual da agencia. Foto internet.

Fachada do banco da província em Pelotas, na época de sua inauguração.
Aspecto do Interior da filial do banco da província em Pelotas.
Detalhe da fachada, do atual Banco Itau, Floriano com XV de Novembro

3 de dez. de 2014

Importadora Velocino Torres




Prédio em eclético da loja de tecidos Vellocino Torres, construída por Caetano Casaretto em 1914, influência do ecletismo na linguagem moderna, fachada já demolida, onde hoje se situa a loja Sul Center no calçadão da Andrade Neves.


Fonte foto: Monte Domeq & Cia.,1916. p. 220.
As lojas, com um ou dois pavimentos, passaram a ostentar amplas vitrines inseridas em armações metálicas que compunham os frontispícios, protegidas com toldos de lona, com “grades de gaita” * ou com cortinas também metálicas, onde eram exibidas as últimas novidades da moda feminina, masculina ou infantil.

*Construções de ferro. DIÁRIO POPULAR. Pelotas, p. 3, 21 mar. 1925.

Fonte: Artigo - O ECLETISMO HISTORICISTA EM PELOTAS: 1870-1931 de Carlos Alberto Ávila Santo
*Construções de ferro. DIÁRIO POPULAR. Pelotas, p. 3, 21 mar. 1925.
Fonte: Artigo - O ECLETISMO HISTORICISTA EM PELOTAS: 1870-1931 de Carlos Alberto Ávila Santo

25 de nov. de 2014

Estilo: Produto do século 20 - O cimento penteado

Casa da Lobo da Costa em cimento Penteado, foi restaurada, ou seria melhor dizer, reformada e tiraram o cimento Penteado.


"O cimento penteado é uma técnica construtiva mais recente, produto do século 20 - primeira metade especialmente." 

Se você é dos que gostam de observar o conjunto de bens culturais do município já percebeu que prédios revestidos com cimento penteado não estão entre aqueles tombados pelo Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Nem poderiam. O cimento penteado é uma técnica construtiva mais recente, produto do século 20 - primeira metade especialmente. 
"O cimento penteado é de uma época de transição entre o reboco à base de cal - utilizado na construção dos casarões neoclássicos da cidade - e o reboco à base de cimento", esclarece Annie Fernandes. Esse é um dos motivos pelos quais você não vai vê-lo na fachada dos suntuosos casarões da volta da praça Coronel Pedro Osório. Vai poder observá-los na Catedral e no Colégio São José - escolhido para estes ambientes para exaltar à época da construção o sentido de sobriedade das instituições; a exceções do Castelo Simões Lopes, na saída para Rio Grande, e do Theatro Guarany, se encontra cimento penteado em casas mais simples - porém, não menos importantes na composição da paisagem urbana. Até hoje é possível ver - cada vez menos, é verdade - em conjuntos geminados, residências "coladas" uma a outra que não raro abrigavam em cada uma pessoas da mesma família. 
Talvez por isso, por se tratar de uma técnica construtiva ainda recente - não elevada ainda à condição de "histórica" - que as dificuldades não têm sido poucas para encontrar material de pesquisa. 
Segundo Annie, que se dedica a levantar informações de ordem histórica no projeto a ser coordenado pela colega Margarete Gonçalves, a literatura sobre o tema é incipiente, não fornece análises mais profundas. Já procurou junto a colegas italianos e uruguaios. E até agora não obteve informações mais precisas. Por isso a importância de pesquisá-lo, de situá-lo historicamente. "Preservar esta técnica construtiva não se resume a questões de forma e estilo, mas a um conjunto de atividades de época, a um testemunho histórico", justifica. Sabe-se que veio da Europa, adotada principalmente para revestir grandes prédios, monumentais, devido ao seu baixo custo. Como sempre ocorre, a técnica construtiva passou a ser utilizada na arquitetura civil. 
Por aqui o fenômeno se repetiu. De repente, havia um teatro revestido em cimento penteado na cidade (o Guarany, em 1920). E assim se sucedeu até a década de 1950. Por ser uma novidade, por apresentar baixo custo, pouca manutenção e, também, por cumprir muito bem sua função estética.


18 de nov. de 2014

6 horas de Pelotas - Década de 60







Acervo: Memória Pelotas


Acervo: Memória Pelotas






Fonte das imagens: jornal Zero Hora - arquivo Francisco Souza e arquivo Francisco Feoli, conforme consta no blog acessado em http://blogdosanco.blogspot.com.br/2010/06/6-horas-de-pelotas.html em 3 de no novembro de 2015, salvo indicadas na legenda da foto.




Considerações extraídas de leitores da página Pretérita Urbe no facebook:

"Algumas considerações de Jaime Roberto Bendjouya... Na época chamava-se Avenida Argentina, e o trecho da foto provavelmente seja no sentido bairro centro, diagonalmente ao Posto Paulo Moreira, sendo que as obras correspondiam onde hoje existe a rótula e antigamente era onde foi erguida a estátua do Dom Joaquim ( posteriormente recuada). O circuito de corridas se estendia pela Fernando Osorio até a Praça Capitão Nestor Curbiniano de Andrade, pelo sentido da Professor Araújo, dobrando na Pinto Martins (daí chamar-se curva da morte), indo até a Andrade Neves, onde dobrava a esquerda e ia até a Dom Joaquim, retornando até a Fernando Osorio. Neste circuito eram realizadas provas em 3 classes, a primeira, formada basicamente por Sincas e JK's, a segunda por DKW's e Gordinis e a terceira chamada de força livre onde corriam as chamadas "carreteras", que eram basicamente Fords e Chevrolets americanos envenenados (os Hot cars de antigamente), onde se destacavam entre outros os irmãos Andreatta (Catharino e Julio), Breno Fornari e o pelotense José Madri."


"Sr. Carlos Silva lembra de ter visto algumas destas corridas quando criança.""Ela fazia um trajeto que usava a Dom Joaquim (terra, sem calçamento), uma curva brutal lá no Paulo Moreira para entrar no asfalto da Av. Argentina. Dali até a "curva da morte" que contornava o que é hoje aquela pracinha e ia pelos paralelepípedos da Rafael Pinto Bandeira até a Andrade Neves onde fazia uma curva de 90º e mais paralelepípedos até a D. Joaquim onde tinha uma enorme figueira (ainda tem os restos desta arvore lá). Não lembro do nome desta rua na época. Claro que não era Donja! Não era fácil para aqueles pilotos e seus carros, pois o trajeto era ruim e o calçamento era péssimo. Só folgavam no asfalto da Av. Argentina, onde baixavam o sarrafo. Mas era melhor assistir as curvas da Rafael!Seis horas de Pelotas! Um contraponto às 12 horas de Porto Alegre, na Cavalhada. E tiveram algumas corridas entre Pelotas e Porto Alegre, na estrada mesmo.Bons tempos onde a arte superava a segurança!"


"Paulo Luiz Rohrig Schuch: Esse JK da foto, à direita, tinha o número 25 pilotado por Lauro Mallman Jr, que venceu as 6 Horas de Pelotas em 1966."

"Marco Aurélio Crespo Albuquerque: A Curva da Morte ganhou esse nome em função de José Madri também, que numa derrapada matou alguns assistentes atrás da "corda de proteção".






17 de nov. de 2014

Skate nostalgia - O panelão da Bento

Pista de skate conhecida na época por "Panelão" pelo formato da pista, antiga Praça Julio de Castilhos mais conhecida como Praça dos Macacos, atual Parque Dom Antonio Zattera. Foto de 1986. Construída no início da década de 80 no mandato de Irajá Rodrigues e destruída no segundo mandato de Irajá Rodrigues em 1995.

Foto enviada por Bétto Fagundes.

17 de abr. de 2014

Visão sobre uma época de Pelotas

CINEMA EM PELOTAS,TUFY E BAURU NA BENTO

Tenho saudades das sessões de domingo dos cines Capitólio, Pelotense, Guarani, Tabajara e Pelotense( O Cine Rei estreava seus filmes pornográficos nas quintas feiras!).Não existia, para um adolescente em Pelotas nos anos 80 nada mais vanguardista que ir na sessão das 22:00hs pois as sessão das 20:00hs somente iam crianças.Tinha os extremistas que iam na segunda-feira.Os Nerds iam à tarde.Eu era pop: Fliperama.Aquários.Zum-Zum.Capitólio as 22:00hs de domingo era sagrado.Lembro de ter assistido o Exterminador do Futuro e até hoje sonhar com a Sarah O’Connor em meus devaneios noturnos.Os Caça fantasmas, Amadeus, ET, Ghandi,O Império do Sol, Os Caçadores da Arca Perdida (Este eu assisti no já decadente cine Fragata nas sessão das 22:00hs de um sábado), Coisas Eróticas, Calígula entre tantos títulos inesquecíveis que estes cinemas foram palco.Exibições memoráveis com o Capitólio lotado em cima, em baixo e com gente sentada corredor.O Guarani metia gente pelo ladrão. Camarotes atulhados.Naquela época era proibido comer pipoca no cinema (????) e tínhamos que torrar uma boa grana em chocolates e balas de goma. Lembro que a maior revolução do cinema foi quanto o Cine Pelotense teve a fantástica e genial idéia de colocar um freezer para vender refrigerantes – Algo totalmente utópico e impensável na Pelotas da época. Todo o pelotense burguês se apresentava nos domingos no cinema, seja sozinho, com namorada ou com a família. All Star ou Samello nos pés. Calças Wlangler, Pierre Cardin, Calvin Klein ou IVS. Camisetas O.P. ou Lacoste compradas na Timpano, Trapos & Trekos ou na Denise no carne em 5 vezes sem juros(Cartão de crédito somente existia nos filmes!).As escolhas eram muito restritas. Poucos tinham carro ou moto e depois do cinema o pessoal ia para a Avenida Bento Gonçalves matar a larica com um bauru e no máximo uma da madrugada tava todo mundo dormindo porque tínhamos aula ou trabalho no outro dia pela manha.Gostaria que os mais jovens imaginassem uma Pelotas sem TV a cabo(Opções: Globo ou Bandeirantes cheia de chuviscos e deu) e sem internet.Agora eu entendo porque minha geração se viciou em leitura – Foi por falta de opção que livros difíceis de Milam Kundera e Umberto Eco viraram Best-Sellers em Pelotas. Bons tempos aqueles parodiando Franco Barreto na Tupanci. Lembrei do Participasom e outros programas onde durante anos tentei pedir uma musiquinha e nunca consegui tamanha era a audiência.Conseguir participar de um programa de radio em Pelotas era ser um BBB. Aparecer na televisão era um Oscar.Lembro que praticamente todo o pelotense que queria se informar bem sobre tudo o que ocorria mundo afora escutava o Tufy Salomão.O que o Tufy falava na Radio Cultura corria que nem rastilho de pólvora na cidade.

Texto de André Leite


A "Glória" de Pelotas

      Na década de 30 acontece em Pelotas a sua verticalização, esse processo urbanístico começa na área central da cidade. Poderíamos marcar o início deste período com a construção do Edifício Glória em 1934, com mais de 4 andares, o último andar só foi construído em 1946 (note a diferença entre as fotos antiga e atual) e que tinha em seu projeto original cinco andares. Projetado pela firma Dahme, Conceição & Cia., localizado na esquina da Floriano com Andrade Neves. 
    A construção de edifícios começa se intensificar com a popularização do uso do elevador. Nessa leva outros prédios começam a surgir, entre eles o do Colégio Santa Margarida com projeto de Arthur B. Ward Jr. e execução de Affonso Goetze Jr. e a residência de J. B. Barcellos, projeto e execução de Affonso Goetze Jr.

Postal Edifício Glória
Inauguração do Bazar da Moda em de 1935
Fonte: ANNM (LAD/UCPel) 




Edifício Glória, Andrade Neves com Floriano, provavelmente decada de 30 (antes de 1946). Edifício onde funcionou a loja Mazza (térreo). Em segundo plano a esquerda observa-se loja de ferragens Bromberg na esquina da Osório (Atual Lojas Colombo).  
Fonte fotografia: internet, do Sr. Pércio Augusto Mardini Farias.


Rua Floriano esq. Andrade Neves, Edificio Glória quando funcionava a loja Mazza no térreo. Década de 80, construção do calçadão.  Foto de Vitor Hugo Lautenschläger

Edifício Glória com 4 andares. Atualmente farmácias São João (térreo). Foto google 2015.
Foto da esquina entre Rua das flores e São Jerônimo, no inicio do século passado, bem antes do Edifício Glória.


Fonte texto: