25 de nov. de 2014

Estilo: Produto do século 20 - O cimento penteado

Casa da Lobo da Costa em cimento Penteado, foi restaurada, ou seria melhor dizer, reformada e tiraram o cimento Penteado.


"O cimento penteado é uma técnica construtiva mais recente, produto do século 20 - primeira metade especialmente." 

Se você é dos que gostam de observar o conjunto de bens culturais do município já percebeu que prédios revestidos com cimento penteado não estão entre aqueles tombados pelo Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Nem poderiam. O cimento penteado é uma técnica construtiva mais recente, produto do século 20 - primeira metade especialmente. 
"O cimento penteado é de uma época de transição entre o reboco à base de cal - utilizado na construção dos casarões neoclássicos da cidade - e o reboco à base de cimento", esclarece Annie Fernandes. Esse é um dos motivos pelos quais você não vai vê-lo na fachada dos suntuosos casarões da volta da praça Coronel Pedro Osório. Vai poder observá-los na Catedral e no Colégio São José - escolhido para estes ambientes para exaltar à época da construção o sentido de sobriedade das instituições; a exceções do Castelo Simões Lopes, na saída para Rio Grande, e do Theatro Guarany, se encontra cimento penteado em casas mais simples - porém, não menos importantes na composição da paisagem urbana. Até hoje é possível ver - cada vez menos, é verdade - em conjuntos geminados, residências "coladas" uma a outra que não raro abrigavam em cada uma pessoas da mesma família. 
Talvez por isso, por se tratar de uma técnica construtiva ainda recente - não elevada ainda à condição de "histórica" - que as dificuldades não têm sido poucas para encontrar material de pesquisa. 
Segundo Annie, que se dedica a levantar informações de ordem histórica no projeto a ser coordenado pela colega Margarete Gonçalves, a literatura sobre o tema é incipiente, não fornece análises mais profundas. Já procurou junto a colegas italianos e uruguaios. E até agora não obteve informações mais precisas. Por isso a importância de pesquisá-lo, de situá-lo historicamente. "Preservar esta técnica construtiva não se resume a questões de forma e estilo, mas a um conjunto de atividades de época, a um testemunho histórico", justifica. Sabe-se que veio da Europa, adotada principalmente para revestir grandes prédios, monumentais, devido ao seu baixo custo. Como sempre ocorre, a técnica construtiva passou a ser utilizada na arquitetura civil. 
Por aqui o fenômeno se repetiu. De repente, havia um teatro revestido em cimento penteado na cidade (o Guarany, em 1920). E assim se sucedeu até a década de 1950. Por ser uma novidade, por apresentar baixo custo, pouca manutenção e, também, por cumprir muito bem sua função estética.


18 de nov. de 2014

6 horas de Pelotas - Década de 60







Acervo: Memória Pelotas


Acervo: Memória Pelotas






Fonte das imagens: jornal Zero Hora - arquivo Francisco Souza e arquivo Francisco Feoli, conforme consta no blog acessado em http://blogdosanco.blogspot.com.br/2010/06/6-horas-de-pelotas.html em 3 de no novembro de 2015, salvo indicadas na legenda da foto.




Considerações extraídas de leitores da página Pretérita Urbe no facebook:

"Algumas considerações de Jaime Roberto Bendjouya... Na época chamava-se Avenida Argentina, e o trecho da foto provavelmente seja no sentido bairro centro, diagonalmente ao Posto Paulo Moreira, sendo que as obras correspondiam onde hoje existe a rótula e antigamente era onde foi erguida a estátua do Dom Joaquim ( posteriormente recuada). O circuito de corridas se estendia pela Fernando Osorio até a Praça Capitão Nestor Curbiniano de Andrade, pelo sentido da Professor Araújo, dobrando na Pinto Martins (daí chamar-se curva da morte), indo até a Andrade Neves, onde dobrava a esquerda e ia até a Dom Joaquim, retornando até a Fernando Osorio. Neste circuito eram realizadas provas em 3 classes, a primeira, formada basicamente por Sincas e JK's, a segunda por DKW's e Gordinis e a terceira chamada de força livre onde corriam as chamadas "carreteras", que eram basicamente Fords e Chevrolets americanos envenenados (os Hot cars de antigamente), onde se destacavam entre outros os irmãos Andreatta (Catharino e Julio), Breno Fornari e o pelotense José Madri."


"Sr. Carlos Silva lembra de ter visto algumas destas corridas quando criança.""Ela fazia um trajeto que usava a Dom Joaquim (terra, sem calçamento), uma curva brutal lá no Paulo Moreira para entrar no asfalto da Av. Argentina. Dali até a "curva da morte" que contornava o que é hoje aquela pracinha e ia pelos paralelepípedos da Rafael Pinto Bandeira até a Andrade Neves onde fazia uma curva de 90º e mais paralelepípedos até a D. Joaquim onde tinha uma enorme figueira (ainda tem os restos desta arvore lá). Não lembro do nome desta rua na época. Claro que não era Donja! Não era fácil para aqueles pilotos e seus carros, pois o trajeto era ruim e o calçamento era péssimo. Só folgavam no asfalto da Av. Argentina, onde baixavam o sarrafo. Mas era melhor assistir as curvas da Rafael!Seis horas de Pelotas! Um contraponto às 12 horas de Porto Alegre, na Cavalhada. E tiveram algumas corridas entre Pelotas e Porto Alegre, na estrada mesmo.Bons tempos onde a arte superava a segurança!"


"Paulo Luiz Rohrig Schuch: Esse JK da foto, à direita, tinha o número 25 pilotado por Lauro Mallman Jr, que venceu as 6 Horas de Pelotas em 1966."

"Marco Aurélio Crespo Albuquerque: A Curva da Morte ganhou esse nome em função de José Madri também, que numa derrapada matou alguns assistentes atrás da "corda de proteção".






17 de nov. de 2014

Skate nostalgia - O panelão da Bento

Pista de skate conhecida na época por "Panelão" pelo formato da pista, antiga Praça Julio de Castilhos mais conhecida como Praça dos Macacos, atual Parque Dom Antonio Zattera. Foto de 1986. Construída no início da década de 80 no mandato de Irajá Rodrigues e destruída no segundo mandato de Irajá Rodrigues em 1995.

Foto enviada por Bétto Fagundes.