Em 1927, o engenheiro sanitarista
Saturnino de Brito aponta em seus estudos a existência de uma sanga
na Rua General Argolo que resultava em frequente inundação
transformando a rua em “torrentoso esgotamento”.
Diante do problema ele sugere
“Preferimos os canaletes abertos às galerias quando se tenham de
esgotar águas pluviais volumosas. Podem constituir, quando bem
tratados, elementos decorativos das ruas, com as pequenas pontes,
passadiços e jardineiras... Façamos então um canalete.”
O canalete começou a ser construído
em abril de 1928. As obras avançaram lentamente devido a dificuldade
em realizar o trabalho na estação chuvosa e o pessoal ser
insuficiente. Assim em 30 de junho apenas 170 metros da obra estavam
prontos.
A obra do canalete causou
descontentamento e reclamações na imprensa local que alegava que
uma galeria subterrânea seria mais conveniente e que por ser a rua
plana o canalete quase não teria declive. Saturnino rebateu as
críticas afirmando que as galerias subterrâneas ocasionavam
obstruções e que a inclinação do canalete era suficiente para
manter o escoamento conveniente.
Posteriormente, com o canalete
concluído, foram feitas medições durante os períodos de
precipitação e comprovada a sua eficácia na drenagem.
Inicialmente o canalete começava na
Rua Marechal Deodoro, esquina Padre Felício, dobrando
perpendicularmente na Rua Argolo vindo a desaguar no Canal do Pepino.
No final da década de 60 e início de
70 o trecho na Rua Marechal Deodoro foi fechado, permanecendo apenas
na Rua Argolo, a partir da esquina com a Rua Andrade Neves.
Tem 1,60 metros de altura por 2,10
metros de largura, seu contorno é preenchido por floreiras em
cimento, decoradas com folhas de acanto e tulipas.
Fonte:
Saneamento de Pelotas.
Relatório apresentado ao Governo do Estado por Saturnino Rodrigues
de Brito, Pelotas, 1927.
Saneamento de Pelotas.
Relatório apresentado ao Governo do Estado por Saturnino Rodrigues
de Brito, Pelotas, 1929.
Saneamento de Pelotas
(Novos Estudos). Relatório apresentado a Prefeitura de Pelotas pelo
Escritório Saturnino de Brito, Pelotas, 1947.
*Extraída do Museu do Saneamento
http://www.pelotas.com.br/sanep/museu-do-saneamento/drenagem-urbana/canalete-da-argolo/
A Casa Rosa, me parece, era na esquina da Andrade Neves. E entre a Andrade Neves e a 15 de novembro, no ano de 1962 fui morar, era um adolescente, e via no canalete uma coisa bonita que nos dias de fortes chuvas era uma atração ver a água correr célere.
ResponderExcluirBons tempos.
Morava no nº 325, ao nosso lado esquerdo era a casa do seu Nóca e a direita do Petry e sua esposa uruguaia, dona Negra. E antes da esquina da 15 ficava o célebre Foto Passos, do Sr. Mozart Passos.
Seu Nóca tinha uma única filha chamada Enilda, ela havia comprado um fusquinha, e em um dia estacionou o carro no centro da cidade e ao abrir a porta do carro para descer, desequilibrou ainda sentada ao banco, caiu e bateu violentamente com a cabeça no meio fio, tendo instantaneamente morrido desta queda. Que fatalidade.
Um abraço.
Prof. Pedro.