A 3ª Fenadoce foi realizada na Associação Rural de Pelotas no período de 9 a 18 de novembro de 1990.
Tendo
como comissão organizadora, formada por representantes das
Associações Comercial e Rural, Centro das Indústrias, Clube de
Diretores Lojistas e Prefeitura Municipal, nesta 3ª edição da
festa, o público que se fez presente encontrava nas dependências da
feira 52 estandes do recanto das doceiras, 20 de artesanato criativo,
10 de pequenas doceiras da rua do doce, 50 expositores do Uruguai,
Argentina e Chile, 60 estandes no pavilhão central com empresas de
diversos segmentos, 70 espaços de 150 m² cada um, com expositores
dos mais diversos setores da economia.
O
objetivo da festa foi buscar o reconhecimento da região como pólo
da Indústria da Alimentação Brasileira.
Paralelo
a Fenadoce, eram desenvolvidas outras atividades, como o 1° Fórum
de Tecnologia de alimentos do Cone Sul, Kerb, II Encontro Regional de
Administração, Sistemas e Métodos e 5° Encontro de Docentes de
Organização e Métodos do RS, Campeonato Internacional de Golfe, 1°
Encontro Estadual de Sindicatos Patronais do Comercio do RS, Meeting
Internacional de Vela, Provas de Kart, Bicicross, Autocross e
Motocross e Grande Prêmio Fenadoce Turfe.
O
coordenador da comissão organizadora da 3ª Fenadoce, Renzo Antonio,
afirmou:
“O que é preciso é união, para organizar uma festa de grande
porte como a 3° Fenadoce, e assimilar as conseqüências. Acredito
que Pelotas volte a crescer.” Renzo também lembrou que a Fenadoce
estava contribuindo para o crescimento da região. Os hoteleiros
elogiaram a comissão da 3ª Fenadoce, acreditando estar confirmado o
loteamento dos estabelecimentos, inclusive através de visitantes de
outros estados.
Não
faltaram reclamações sobre a dificuldade de acesso ao Parque e a
falta de infra-estrutura para os expositores externos, durante o
primeiro dia. Entre as críticas “Enfrentamos uma série de
problemas em função da chuva torrencial que caiu no 1° dia. Não
houve tempo para executar a finalização das obras do parque, o que
gerou descontentamento. O tapume ao redor da lona onde são
realizados os shows também não foi concluído e algumas pessoas
acabaram entrando gratuitamente”, destacou Ronei da Silva,
integrante da comissão organizadora.
Henrique
Feijó, coordenador executivo achou relativamente bom o movimento de
visitantes na festa, já que a abertura havia ocorrido às 18 horas e
a chuva era intensa. Outro problema enfrentado durante a 3ª
Fenadoce, ocorreu no 5° dia de festa, onde as abelhas invadiram o
parque atraídas pelo açúcar. As abelhas atrapalharam as doceiras,
que esperavam a pulverização e ficaram preocupadas com a
contaminação. As doceiras se tranqüilizaram ao saberem que o
produto tinha fiscalização da Associação dos Apicultores e o
problema foi então resolvido.
Os
promotores aguardavam o público, sendo esperadas oito mil pessoas,
mas que até então não haviam ultrapassado as 3.500. Ronei Silva
afirmou que nos quatro primeiros dias 60 mil pessoas visitaram a
feira, e que o público ficou abaixo da expectativa, comprovando que
a população esta realmente sem dinheiro.
Outro
problema enfrentado na 3ª edição, ocorreu no domingo onde houve
“vazamento
de pessoal”, o que significa que muita gente entrou sem pagar,
utilizando se de credencial de outras pessoas. O problema foi
resolvido através da apresentação da carteira de identidade junto
aos crachás.
Foram
feitas denúncias de que a Prefeitura estaria vendendo ingressos para
shows
da Fenadoce pela metade do preço. A comissão organizadora
surpreendeu-se com a notícia, achando impossível que tal fato
estivesse ocorrendo.
No
sétimo dia de festa uma notícia foi dada durante o 1° Fórum de
Tecnologia de alimentos do Cone Sul, de que a Fenadoce poderia se
transformar em Feira Internacional da Alimentação de Tecnologia de
Alimentos do Cone Sul.
Buscaram
uma maior divulgação da festa ao entregarem folhetos na rodoviária,
e o preço também diminuiu, pois a chuva prejudicou um pouco o
evento.
No
último dia de festa foi então decidido que aconteceria a festa
novamente no próximo ano.
Texto
extraído Trabalho Acadêmico “FENADOCE: CULTIVANDO E DIVULGANDO O
PATRIMÔNIO DE PELOTAS” de Taíza Corrêa Schmidt Triarca. 2008