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29 de nov. de 2017

Skate nostalgia II





A foto mostra a década de 80, uma pista de skate na Praça Júlio de Castilho ou melhor na "Praça dos macacos", encantou a gurizada em Pelotas. O "Panelão" como era conhecida a pista, pelo seu formato, foi construída no início da década de 80 no mandato de Irajá Andara Rodrigues e destruída no seu segundo mandato em 1995. Atualmente Parque Dom Antônio Zattera possui uma outra pista de skate, mais modesta e bem diferente daquela dos anos 80.

Click aqui para ver a primeira postagem do Skate nostalgia.

Vídeo e fotos de Luiz Schaun. 
Fonte: http://sk8pelotas.blogspot.com.br/search/label/Hist%C3%B3ria%20do%20Skate%20Pelotense?max-results=10

17 de out. de 2017

Construção de casa na Av. Bento Gonçalves em 1953


Vídeo do Sr. Franke quando construiu sua residência em 1953 na Av. Bento Gonçalves.




Acervo de Darcy Franke - Pelotas-RS
Este vídeo é propriedade de Nelson Medeiros Franke e compartilhado por Pedro Campos.

11 de out. de 2017

Av. Bento Gonçalves em 1950. Vídeo


Parte extraída do vídeo da família Franke. 
Acervo de Darcy Franke.
Este vídeo é propriedade de Nelson Medeiros Franke e compartilhado por Pedro Campos Franke.

29 de set. de 2017

Recanto dos Coswig na Colônia Progresso 10° Distrito de Pelotas - Década de 50.





Em raros minutos, o vídeo registrado pelo Sr. Darcy Franke mostra o passeio ao Recanto dos Coswig na Colônia Progresso, 10° Distrito de Pelotas (Passando a Ponte do Retiro na BR 116, dobra-se na primeira entrada a esquerda), na década de 50. 
Acervo de Darcy Franke - Pelotas-RS 
Este vídeo é propriedade de Nelson Medeiros Franke e compartilhado por Pedro Campos Franke.

19 de set. de 2017

Queda da ponte do trem sobre o canal São Gonçalo em 1949 e a enchente de 1956

Em raro e poucos minutos o vídeo registrado pelo Sr. Darcy Franke mostra a ponte sobre o canal São Gonçalo já caida e muitas pessoas a sua volta (pesquisar mais sobre o fato). Segundo o Sr. José Freitas de Souza, a queda da Ponte Ferroviária no Canal São Gonçalo foi na tarde de 20 de maio de 1949, quando estava passando o trem que carregava pedras do Capão do Leão para reparo dos Molhes da Barra. Na sequencia, pelas imagens e a década que o vídeo é atribuído, provavelmente seja da enchente do trágico carnaval de 1956 (sábado, 11 de fevereiro) que deixou mais de 20 mortos, onde a população era de aproximadamente 158 mil habitantes. Ainda no vídeo podemos ver rapidamente a rua Marechal Floriano, a ponte sobre Arroio Santa Bárbara, Avenida Saldanha Marinho, a praça Cipriano Barcelos, o prédio da Light & Power (atual CEEE), ao fundo o Entreposto do Leite e a Escola Técnica os estabelecimentos comerciais e industriais nos arredores ficaram debaixo d’água.

Fonte texto: 

Acervo de Darcy Franke - Pelotas-RS Este vídeo é propriedade de Nelson Medeiros Franke e compartilhado por Pedro Campos Franke e Pretérita Urbe.



14 de set. de 2017

Passeio em família mostra Pelotas na década de 50

Imagine Pelotas em 1951, neste vídeo de quase 15 minutos de ótima qualidade e produção para a época, o Sr. Darcy Franke junto a sua família, nos deixa um fabuloso registro da nossa Pelotas.
Passeio em família a antiga Cerquinha, como era chamada a região que situava-se no final da Av. Bento Gonçalves, quando não havia casas ainda nem o Colégio Pelotense.
Cenas de Páscoa (23.5.1951) em família na residência dos Frankes na Av. Bento Gonçalves. "Folguedos infantis" nome dado pelo próprio Sr. Darcy, sim o Sr. Franke editava e nomeava as cenas, nesta podemos ver as crianças brincando na antiga Pr. Julio de Castihos, atual Parque Dom Antônio Zattera. 
Sr. Paulo Franke, filho do Sr. Darcy, que nos passou todas as informações sobre o vídeo, conta que no fim do vídeo podemos conhecer sua bisavó, que mal falava o português, na cena intitulada "A casa da vovó", que residia no fim da Av. Bento Gonçalves.

Este vídeo é propriedade de Pedro Freire Franke.


28 de ago. de 2017

Show da Pobre Menina

Um registro do Show da Pobre Menina, promovido pelo radialista Mario Antônio da Rádio Universidade 1160 AM. Ao fundo Lojas Mazza (Feminino). Final da década de 1960, início dos anos 1970.
Foto enviada por Margareth Vieira.

Abaixo homenagem ao radialista pelotense, Mario Antonio Holvorcem, comunicador que se notabilizou por divulgar a nossa Jovem Guarda desde seu surgimento em 1965, através seu programa levado ao ar pela Rádio Universidade AM, e depois pela Alpha FM (hoje extinta): PROGRAMA ESPECIAL MARIO ANTÔNIO. Ultimamente o programa estava sendo apresentado na Rádio Cultura, aqui da cidade. Mario Antonio, do Show Faz de Conta, da campanha Pobre Menina, do MA Band e dos shows ao vivo, sempre tendo a Jovem Guarda como pano de fundo, é idolatrado aqui em Pelotas e em toda a zona sul do nosso estado, por um público imenso. 
Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=ZzDTGA8UQpc




7 de ago. de 2017

Pelotas no Concurso Miss R. G. do Sul com Vera Menezes em 1961



Miss Rio Grande do Sul 1961 foi a 8ª edição do tradicional concurso de beleza feminino de Miss Rio Grande do Sul, válido para a disputa nacional de Miss Brasil, único caminho para o Miss Universo. Participaram da competição apenas treze (13) candidatas municipais no teatro Guarany,  em busca do título que pertencia à pelotense, Edda Logges, vencedora do título no ano anterior.

Disputaram o título este ano:

Caxias do Sul - Walkiria Kelsch
Guaíba - Ieda Riggel
Lagoa Vermelha - Célia Barreto da Costa
Montenegro - Marta Pereira Horn
Novo Hamburgo - Sara Mattes
Pinheiro Machado - Darlene Alves de Souza
Pelotas - Vera Maria Brauner Menezes
Porto Alegre - Maria Helena Rudiger
Santa Maria - Hilda Helena Pretto
Santana do Livramento - Lenir Thomaz Ribeiro
São Leopoldo - Nildete dos Santos
Uruguaiana - Thais Orcy Varela
Vacaria - Irlene Maria Alves Paim


A Campeã!

Vera Maria Braunner de Menezes, Miss Laranjal Praia Clube, Miss Pelotas, Miss RS, Miss Brasil e Vice-Miss Beleza Internacional.
A pelotense foi eleita Miss Rio Grande do Sul e conquistou o Miss Brasil 1961, o concurso foi realizado no Rio de janeiro, então capital do estado da Guanabara. A mineira Stael Maria da Rocha Abelha, que havia sido eleita, renunciou a coroa de Miss Brasil devido aos ciúmes do namorado. Após a conquista, Vera foi representar o Brasil no Miss Beleza Internacional em Long Beach, nos Estados Unidos onde conquistou a segunda colocação, perdendo somente para a holandesa Stam Van Baer. Após isso, foi convidada a ficar nos EUA e tentar a carreira de atriz. Mas acabou recusando por causa da distância, da família e de João Roger Damé, seu noivo e namorado desde os 12 anos de idade, com quem se casou em janeiro de 1963.

Texto Wikipédia

Vídeo cedido por:
 Cristina Fabião e TV UCPel

Agradecimento a Piero Vicenzi

31 de mai. de 2017

A História da Fenadoce - Por quem a ajudou a construir



Vídeo do lançamento da 20ª Fenadoce, apresentado no dia 12/01/2012.

Depoimentos de:
- Lisarb Crespo da Costa
- Edson José Nobre
- Juarez Haas
- Jaime Moreira
- Samir Curi Hallal
- Emílio Vontobel
- Hugo Pereira
- Maria Alzira Rosa Carreira
- Iolanda da Silva

Agência Incomum:
Redação: Maurício Silveira/Daniel Moreira
Direção de Criação: Gisele Treptow / Daniel Moreira
Atendimento: Laura Vianna / Stela Nesello
RTVC: Gabriela Gonçalo
Aprovação: Michele Lima

Imagens: Capitão Araújo / Deny Barbosa
Edição: Deny Barbosa / Daniel Moreira

10 de jul. de 2015

Reminiscências do Jockey Club de Pelotas Parte 2

História do Jockey Club de Pelotas


O Jockey Club de Pelotas foi fundado em 22 de junho de 1930 por um grupo de amantes do turfe que criou a Associação Jockey Club de Pelotas. A entidade, de caráter civil, nasceu pela liderança do coronel Zeferino Costa Filho e tinha como objetivo promover o melhoramento do puro sangue inglês (PSI). A data da fundação foi marcada por assembleia nos salões do Clube Comercial com a presidência de Joaquim Francisco Assis Brasil que palestrou falando ao público presente sobre as vantagens sociais, morais, culturais e esportivas da criação de cavalos. Na mesma assembleia foi eleita uma comissão provisória para estudar o projeto dos Estatutos e Código de Corridas. Uma semana depois aconteceu uma nova assembleia, onde definiram a primeira diretoria, presidida por Flávio de Souza e que teve como missão dar os primeiros passos para consolidação da entidade. No dia 22 de junho de 1932 foi eleita a segunda diretoria, liderada pelo médico José Inácio do Amaral que lançou a pedra fundamental do pavilhão (19 de setembro de 1933) do JCP e foi responsável pela demarcação das pistas e nivelamento do terreno, dando início a obra do hipódromo. Durante este mandato foram realizadas as carreiras rasas que com o apoio do Coronel Zeferino Costa foram oficializadas.

A diretoria seguinte assumiu em junho de 1934 e teve a frente o cirurgião Ariano Requião de Carvalho, responsável pela implantação dos páreos clássicos e da construção do pavilhão central que foi inaugurado em dezembro daquele ano.

E foi em março de 1936 que nasceu o Grande Prêmio Princesa do Sul com a premiação de 20 mil réis para o primeiro colocado. Naquela época o sucesso foi tamanho que o evento bateu recorde de apostas no Rio Grande do Sul. Durante longos anos o JCP foi palco das relações de sociabilidade da elite pelotense do século XIX. Era o local de lazer mais frequentado pela sociedade desta época nas tardes de domingo. Em seus tempos áureos chegou a ter 1,2 mil sócios. O Grande Prêmio Princesa acabou por se tornar a mais tradicional corrida do interior do Estado, com uma média de público de 15 mil espectadores a cada edição.
Fonte do texto acima: http://www.jcpelotas.com.br/index.php/o-clube/historia


O ano é 1962, no majestoso Hipódromo da Tablada, em tarde de GP Princesa do Sul, sendo ovante o tordilho LORD CHANEL, franco favorito do publico apostador, enormes filas nos guichês de apostas. O menino é Paulo B. Fiss, enquanto os dois de chapéu, o de camisa branca é Humberto Santos, já o outro chamavam por Pózinho, e ainda o senhor Andrade, todos já falecidos e por incrível que pareça, os dois primeiros, por acidente de automóvel ao atravessarem a rua, Humberto na avenida Salgado Filho, enquanto o outro na avenida Argentina, atualmente Fernando Osório, nas imediações da Praça 1º de Maio, cógnita por Praça do Colono. Foto e texto: PAULO B. FISS


Em Jockey Club de Pelotas, Hipódromo da Tablada, em março de 1961, efeméride do Grande Prêmio Princesa do Sul, saindo-se laurícomo o cavalo argentino STAR MARON, tendo a frente debruçados na tela os amigos: Vargas de chapéu Panamá, Lindolpho Longchamp ao centro e Frederico Fiss Filho. Épocas áureas do turfe pelotense, com hipódromo lotado e mais de 20 mil pessoas nas dependências, coisa que não voltam mais. Foto e texto: PAULO B. FISS


Chegada do Grande Prêmio Princesa do Sul /1969 vencido pelo cavalo castanho GOBELIN por fora, e ficando em 2º KING TWIST o tordilho, que tiveram um linheiro final de 600 metros cabeça a cabeça, até o postremo galão, cruzando o disco de sentença, praticamente igualados, tudo indicando que estariam empatados, mas na revelação do "photochard" de Glaiton Ruas, por escassa margem vence Gobelin por ponta de focinho, cavalo este que pela única vez consegue vencer King Twist, dentre todas as competições que correram juntos, e num final emocionante, pleno de muitas ovações entre o público mirone e apostador. Páreo inesquecível para quem assistiu esta prova magna do turfe pelotense. Foto e texto: PAULO B. FISS


Grande Prêmio Princesa do Sul


Grande Prêmio Princesa do Sul é o evento turfístico mais importante do Jockey Club de Pelotas, e é disputado no Hipódromo da Tablada em pista de areia solta, desde sua primeira realização. Reúne cavalos thoroughbred de três anos e mais idade. Inscrevem-se animais em campanha no Brasil, e, pela proximidade geográfica, Uruguai e Argentina, sendo para muitos destes animais a porta de entrada para o Brasil. Entre os ganhadores estão animais de campanha clássica e futuros reprodutores.


A primeira disputa ocorreu em 1936, na distância de 2.450m, sendo vencedor o uruguaio Cabileño. De lá para cá, apenas não foi realizado em apenas duas ocasiões, 1968, em virtude de interrupção do trânsito de equinos no Brasil e em 2010. Atualmente é disputado em 2.200 metros.


29 de abr. de 2015

Campeonato Gaúcho de 51 - Rio Grande e Pelotas

Fase Final do Campeonato Gaúcho em 16 de dezembro de 1951, no Estádio Arthur Lawson - Rio Grande 2x3 Pelotas


Fonte: TV Arquivo Lobão

28 de abr. de 2015

Filme Ângela, filmado em Pelotas (1951)




Filme Ângela, do ano de 1951, filmado em parte no interior do Solar da Baronesa, quando ainda residência dos Antunes Maciel.


Imagem filmada no portão do alpendre do solar da Baronesa.

Ângela é um filme brasileiro de 1951 dirigido por Tom Payne e Abílio Pereira de Almeida, com roteiro de Nelly Dutra Ruschel, baseado no conto "Sorte no Jogo", de Hoffmann.



Sinopse:

Dinarte, jogador incorrigível, ganha no carteado uma propriedade, à qual decide visitar na mesma noite. Chegando à fazenda, Ângela, enteada de Gervásio (o perdedor), comunica a morte da mãe. Dinarte envolve-se e casa-se com Ângela e promete não jogar mais, porém não consegue cumprir a promessa e a família entra em decadência, da qual Ângela tenta preservar seu bebê.

Curiosidades:

- O filme marcou a estreia de Inezita Barroso no cinema brasileiro.

- O dinheiro da produção acabou ainda durante as filmagens, em Pelotas. O cenógrafo Pierino Massenzi foi então enviado a São Paulo, para pedir mais dinheiro ao produtor Franco Zampari.

http://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%82ngela_(filme)

24 de abr. de 2015

Minha casa, tantas casas por Pablo Rodrigues.

Este texto "Minha casa, tantas casas" de Pablo Rodrigues, é sempre bom ler e ouvir, ainda mais com a narração do grande filho acolhido por esta cidade, José de Abreu, que aqui viveu por um grande período nos anos 70. Zé Abreu sentiu tudo isso, que só quem esteve ou passou por aqui sabe como é. 

Dedico esta postagem a todos que por aqui passaram e nasceram e hoje estão longe fisicamente mas perto de coração. Nunca é de mais parabenizar Pablo Rodrigues por suas palavras que mostram realmente o grande sentimento que os pelotenses sentem por sua cidade. 





Minha casa e tantas casas

― Digo ao senhor, sem o receio qualquer de errar: minha cidade é minha casa, o lugar onde me encontro. E crescem em mim incontáveis alegrias, abrem-se em mim inúmeras janelas quando volto pra lá: coração no compasso do mais certo. Aliás, o tanto e quanto mais sei e testo nesta vida de entreandanças é que tudo é viagem de volta... Minto? A saudade então não é a cada instante a sempre-presença? Ai, e tem maior que a saudade da casa da gente? Pois repito, para que não sobre assombro: minha casa é minha cidade. Toda doçura.
Essas lindas moças todas e suas finas feições e caminhares e perfumes são minha cidade: o crescer da lua, na Lagoa dos Patos, o inesperado irromper do amor. Lhe conto que não há nada igual no mundo. O senhor vá no Laranjal, comigo confirme, constate com os seus próprios olhos. E ponha o coração à larga. Depois sonhe com aquilo quando sonhar, toda a vida.
Uma casa e tantas casas, minha cidade, onde Ramilonga se fez canção, poema e estética profunda de frio, solidão e amor. Sim, minha cidade em mim não sei como, não saberia ser quando, onde quer que fosse, onde?, se não em mim, o que me faz mais eu: assim, minha casa e tantas casas, assim, aberto à esperança de tantos milagres e povos.
Olhe, veja - e me escute mais do que estou lhe dizendo. Escute cada pedra, cada árvore, cada banco de praça. Escute cada flor lilás dos jacarandás-em-dezembro da Coronel Pedro Osório, o silêncio das peças de xadrez, as mesas, os velhos senhores tão sempre donos do tempo, como se num quadro. Eternos. E Deus por todos os cantos. 
Escute o cheiro de infância que ainda circula pelo Café Aquário: um desejo enorme de debater o mundo com os amigos. Mudam-se apenas os assuntos. Todos somos crianças, porém, lá no fundo. O senhor faça o teste: pare diante do espelho e se olhe fixo, por cinco minutos. O que verá no fim? Pois lhe digo: um rostinho de menos que menino, como se pedisse ainda - toda a vida - o carinho, o colo e o cheiro da mãe. Mais: como se pedisse mais amor. 
Só o que me consola é a minha cidade e todas as suas belezas. 
Ah, subir pela Princesa Isabel, a mais bonita das ruas e ver as folhas caídas naquele chão de tanta história! Chegar à praça Coronel Pedro Osório... Como definir ao senhor?: o exato da beleza de se estar olhando para o chão e de repente erguer os olhos e topar com o Grande Hotel... ali, imenso, desde sempre, de portas abertas, um convite à elegância. 
Sei, certos momentos não são definíveis. Fosse lhe dizer mais, o tanto que minha cidade cultiva, muito mais conversa precisaria. O Sete de Abril e seus delicados contornos, as charqueadas que estão aí para dar testemunho, sal e sangue, luta e memória. 
O senhor preste toda a atenção no enorme da voz do Joca e saberá do que falo: raízes. 
Minha cidade é toda a alegria e beleza do mundo, mesmo quando a vida anoitece. Tholl em festa, o senhor sabe o que lhe digo. Como dizer ao senhor o encantamento de caminhar distraído pela Lobo da Costa e começar a ouvir o crescer dos violinos e violoncelos da Orquestra Filarmônica e os timbres das muitas vozes do Coro de Música pela Música? O Guarani guarda tantas histórias! 
E o que dizer então das histórias que guarda o Instituto, Casa do Capitão, minha casa... Blau Nunes mora ali! e ainda ensina a vida aos mais novos, patrício menos avisado do essencial do cotidiano, a esperança e a luz de Deus por todos os lados, de muitas onças. 
Como dizer ao senhor o tanto que minha cidade é? 
Desconheço. 
Sei e digo, apenas, que minha cidade é o que há de melhor em mim, a parte mais minha, o que em mim mais profundo habita. 
Em qualquer lugar: minha casa, sua casa, esta casa, Pelotas. 


*Este texto foi uma homenagem do Diário Popular ao 197 anos da cidade de Pelotas, que parece ser uma homenagem eterna a cada pelotense.


Fonte do texto: http://pelotascultural.blogspot.com.br/2009/07/poema-de-amor-por-pelotas.html

19 de abr. de 2015

Caminhando por Pelotas lembrei de ...



Homenagem de Cleiton e Cledir a Pelotas


Caminhando por Pelotas
Lembrei de quando eu nasci,
Um quarto da Santa Casa,
O palco do Guarany.
Contei paralelepípedos
A caminho da escola,
Sonhei ladrilhos hidráulicos,
Paredes de escariola.
Pião, bolinha de gude
Pandorga, ioiô, gibi,
Bici, carrinho de lomba,
Eu sou o mesmo guri.
Comi tanta pessegada,
Fios de ovos e bem-casados,
E pastéis de Santa Clara,
Que fiquei cristalizado.
E voei até a praça
Passei no Sete de Abril,
Os pardais faziam festa,
Naquela tarde de frio.
Tomei um café no Aquário
Bem quente pra ver se aquece,
Agradeci obrigado,
E a moça disse merece!
Andei até na Avenida
Entrei na Boca do Lobo,
Fui até à Baixada,
Pois era dia de jogo.
Naveguei pelo Porto
Fragata e Areal,
Três Vendas e São Gonçalo,
E Praias do Laranjal.
É muita guria linda
Eu fico até espantado,
Nunca vi tanta beleza,
Por cada metro quadrado.
O vento nos teus cabelos
Desenha outra escultura,
Junto à Fonte das Nereidas,
E aos traços da arquitetura.
Terra de todos meus sonhos
Princesa do Sul bonita,
O meu amor não tem fim,
Como uma rua infinita.
Pelotas minha cidade
Lugar onde eu nasci,
Ando nos braços do mundo,
Mas sempre volto pra ti!

Fonte letra: http://letras.mus.br/kleiton-e-kledir/1490260/