29 de jul. de 2019
6 de jul. de 2019
Uma tradição chamada Caringi (Diário Popular/2006)
Fonte texto: Diário Popular/2006
O requinte e a elegância da moda no final de século 19 passavam pela Casa Caringi Chapelaria. Fundada em 1896 pelo italiano Nicola Caringi, o empreendimento virou referência na antiga Pelotas - importante pólo econômico e cultural do país àquela época. Logo ganhou visibilidade em todo o Rio Grande do Sul.
Em seus primeiros anos, a pequena butique especializou-se em produtos masculinos. Encontravam-se lá vestimentas e acessórios como bengalas, polainas e luvas que trajavam os homens da época. “Não havia a variedade de roupas que temos hoje”, observa o bisneto Nicola Caringi Lima, professor do Instituto de Artes e Design da Universidade Federal de Pelotas (IAD/UFPel).
O comércio oferecia produtos de alto padrão, que seguiam tendências européias, com marcas famosas como chapéus Christy’s e Borsalino, entre outros. A boa localização, na rua 15 de Novembro, em espaço onde hoje está localizado o Banco Real, também contribuiu para que a loja ganhasse seu charme.
Entre as recordações, lembranças carinhosas do patriarca e a contribuição dos Caringi ao desenvolvimento do município. Em meio às histórias, o apreço do bisavô pela música, transmitido às demais gerações, e a vaidade, uma de suas marcas registradas. “Era um homem fino e elegante, muito bonito. À noite, sempre frisava os bigodes.”
Caringi soube integrar-se à sociedade da época. Com grande apreço pela moda, destacou-se numa Pelotas rica - econômica e cultural. Teve visão. Focou seu comércio nas necessidades e exigências da elite. Progrediu e integrou sua família à história da cidade.
Tempos de expansão
A imponência do nome veio nas primeiras décadas do século seguinte. Com a morte de Nicola, em 1921, Caringi Filho assumiu os negócios da família. Tão ou mais ousado que o pai, transformou a pequena, mas já tradicional chapelaria, no grande Magazine Casa Caringi, uma das pioneiras lojas de departamento da região.
A ampliação, em 1946, forçou a transferência para a rua Andrade Neves, entre Marechal Floriano e Sete de Setembro. Os produtos diversificaram-se. Além dos tradicionais artigos masculinos e importados, linhas feminina e infantil; cama, mesa e banho; perfumaria e brinquedos.
“Uma grande parte do comércio era de Pelotas”, recorda Terezinha Caringi Lima, neta de Nicola Caringi. “Era um incentivador da produção local.” Na moda da época, o calor tropical impunha o charme dos chapéus Picareta, feitos em palha, para uso no verão. “A indumentária masculina era muito mais chique.”
O comércio atraia clientes das principais cidades do RS, inclusive da capital, que se deslocavam ao município para adquirir a linha, em boa parte exclusiva no estado. Logo, a Caringi ganhou filiais em municípios como Rio Grande e Porto Alegre. A sucursal de Bagé teve o comando de Antônio Caringi, irmão de Nicola, e pai do famoso escultor.
Com o tempo, no entanto, o empreendimento voltou-se à matriz. “Acredito que houve certa dificuldade em manter as filiais. Ele preferiu ampliar os negócios em Pelotas”, conta Nicola Lima. O empreendimento perdurou até a metade da década de 1960. Antes, transferiu-se para a rua Marechal Floriano, próximo à Andrade Neves, onde até pouco tempo o ladrilho da calçada mantinha o nome da família. “Terminou como começou, com a chapelaria e artigos masculinos.”
A aposentadoria de Caringi Filho, em 1963, e a transferência de Roberto Caringi, seu filho, para Porto Alegre, em 1967, associadas ao declínio econômico, levaram ao desaparecimento da marca. Mas não por muito tempo.
Continuidade na capital
Mais de um século depois, a tradição dos Caringi permanece integrada à história de Pelotas e do Rio Grande do Sul. Em Porto Alegre, a empresária Maria do Carmo Caringi, a Neneca, tomou para si a responsabilidade de resgatar o brilho e requinte do sobrenome. Há nove meses ela fundou a Maison Carinci, especializada em moda de alto padrão e marcas do mercado de luxo.
A empresária fez questão de manter e melhorar algumas táticas de sedução do cliente que foram repassadas de geração para geração, como o atendimento personalizado e a criação de um ambiente charmoso e sofisticado.
Apesar de a Maison Carinci não ter ainda um ano, Maria do Carmo trabalha com comércio há duas décadas - ela começou vendendo roupas em casa. “A maioria de minhas clientes está comigo desde essa época, somos amigas e hoje atendo suas filhas e netas”, orgulha-se.
Como o bisavô, a empresária também destacou um segmento do comércio para investir. Atualmente ela só trabalha com roupas e acessórios, inclusive chapéus e roupas íntimas, para mulheres. Na maison há ainda um espaço para as meninas, no setor Kids, e para a casa.
Jovem e empreendedora, Neneca faz planos. E não esconde o sonho romântico de no futuro abrir uma seção masculina em homenagem ao bisavô.
Outro desejo é de ver o nome da família perpetuado no comércio com a ajuda das novas gerações. A filha, Luíza, quatro anos, dá sinais de que gosta do assunto. “Este ano ela participou da escolha dos modelos para a maison Kids e as peças preferidas por ela foram as que saíram mais rapidamente”, conta Maria do Carmo. (Ana Cláudia Dias)
O charme do nome
A diferença entre os Caringi e os Carinci restringe-se à grafia. Ambas, brasileira e italiana, são uma só família. A alteração no nome era comum na segunda metade do século 19 quando Nicola Caringi chegou ao Brasil. Os registros eram feitos a partir da pronúncia. “O ‘C’, em italiano, tem som de ‘G’”, explica Nicola Lima. “Ouviam Caringi e não Carinci”.
Neneca preferiu retornar às origens. Seus filhos receberam registro Carinci, mesmo nome que deu à sua Maison. Nato ou coloquial, ambos mantêm seu charme ao longo do tempo e das diferentes gerações. (DV)
Cronologia
1890 - O italiano Nicola Caringi chega ao Brasil.
1896 - Nicola Caringi funda em Pelotas a Casa Chapelaria Caringi.
1921 - Com a morte do pai, Nicola Caringi Filho assume a administração da loja.
1946 - Caringi Filho inaugura a loja de departamentos Casa Caringi Magazine.
1963 - Antes de se aposentar, transfere ao filho Roberto Caringi a administração do empreendimento.
1967 - Roberto Caringi transfere-se para Porto Alegre e a Casa Caringi deixa de funcionar.
2005 - Maria do Carmo Caringi, filha de Roberto e bisneta de Nicola Caringi, funda em Porto Alegre a Maison Carinci.
Fonte: Diário Popular/2006
5 de jul. de 2019
4 de jul. de 2019
Armazém Cancella em 19 de fevereiro de 1950
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Avenida Bento Gonçalves esquina Santos Dumont. |
Proprietário Manuel Cancella, seus filhos e amigos varrendo os estragos do alagamento que teve em 1950. Na foto da esquerda para direita Sr. Manuel Cancella, Sr. Ary Medina, Sr. Dorval, pintor, crianças com vassouras, Sra. Marley Brauner, Sr. Wolney Medina Francisco, os dois da esquina os Srs. conhecidos como Bagé e Alfredo Verdureiro.
Identificação: Sr. Wolney Medina Francisco
Acervo: Marley Francisco Brauner (na foto e filha do Cancella)
Foto: Waldyr Augusto Brauner
Enviada por Daniela Brauner
15 de mai. de 2019
Yolanda Pereira, Miss Universo 1930
Yolanda Pereira, gaucha que foi Miss Pelotas, Miss Rio Grande do Sul, Miss Brasil e Miss Universo em 1930. A 1° brasileira a conquistar a façanha do feito máximo de beleza universal.
"Ari Edemar Timm: Yolanda Pereira era afilhada de Alice Abadie Rego, que a acompanhou nas apresentações para disputa do título. Ao final houve empate com outra candidata. Para finalizar a escolha decidiram que as candidatas removessem a "maquiagem". Ao retornarem, Yolanda Pereira estava igual. Sua beleza não precisava usar "maquiagem"!"
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Revista `As mais bellas do mundo`, capa com a Miss Universo 1930, senhorita Yolanda Pereira, miss Brasil, 1930 |
15 de abr. de 2019
O primeiro placar de futebol?
Afim de contribuir com a memória de nossa Satolep o Hist. Vinícius dos Santos Porto enviou algumas fotos, que ele possui original, entre elas a que postamos aqui.
Um raro registro do antigo placar no estádio do E.C. Pelotas, na época da foto, recém colocado.
Na fotografia aparece o placar com patrocínio dos relógios Omega, com slogan "O relógio para toda a vida". O marcador era manual, escrito Pelotas de um lado e do outro visitante, era necessário duas pessoa para trocar os números, que subiam em escadas para fazer a troca. No centro havia um relógio que marcava os 45 minutos de cada tempo da partida.
A foto não foi datada, porém o estádio da Boca do Lobo foi inaugurado em 1908.
2 de abr. de 2019
Inauguração da Biblioteca Infantil Érico Veríssimo em 1946.
"Em 1946, foi inaugurada dentro da BPP a Biblioteca Infantil Érico Veríssimo, que até hoje é local destinado aos eventos infanto juvenis chamados Hora do Conto." https://biblioteca.ibge.gov.br/biblioteca-catalogo.html…
"Publicado com destaque num alto de página do Diário Popular de 11 de maio de 1946, o comunicado da diretoria da BPP convidava sócios, autoridades e publico em geral para a cerimônia que, às 15h30min, marcaria a inauguração da Biblioteca Infantil Érico Veríssimo – com a presença do homenageado e apresentação da Hora do Conto. Com obras de interesse especifico para o público infanto-juvenil, o espaço é hoje um dos mais procurados da Casa." http://www.bibliotheca.org.br/historia/
Foto e texto: Biblioteca Pública de Pelotas.
Abaixo fotos do então Coral da Sansa* na festa de Natal da Biblioteca Infantil em 1967.
*APAC: Fundada em 15 de março de 1959, sob a denominação de Sociedade Assistencial Nossa Senhora Aparecida (SANSA), passou a ser chamada de Sociedade Pelotense de Assistência e Cultura (SPAC) em 15 de setembro de 1981, tendo como idealizador e criador o Bispo Diocesano de Pelotas, Dom Antônio Zattera. Em junho de 2016 passou a ser denominada Associação Pelotense de Assistência e Cultura (APAC). http://www.ucpel.tche.br/portal/?secao=mantenedora
22 de fev. de 2019
Zeppelin passando por Pelotas em 1934
Zeppelin sobrevoando a cidade de Pelotas |
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Na esquerda da imagem, a Alfaiataria Caprio. |
Leia sobre os Graf Zeppelins em http://pelotasdeontem.blogspot.com/2019/02/graf-zeppelin-grande-aeronave-sob-o-ceu.html no blog Pelotas de ontem de A. Monquelat.
Fotos : acervos de Eduardo Arriada e A.F. Monquelat
1 de out. de 2018
Discurso de Getúlio Vargas em Pelotas 1943
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Grande público se aglomera em frente ao paço municipal para ver o presidente Getúlio Vargas. Foto do Arquivo Nacional, 1943. |
Em outubro de 1943 Getúlio Vargas esteve de passagem por Pelotas e região para inaugurar a Escola Técnica, linha ferroviária, que ligaria Pelotas ao oeste do Rio Grande e também para anunciar a construção da barragem do Rio Camaquã.
Numa segunda -feira, dia 11 de outubro foi a inauguração da ETP e no dia 12 de outubro o então presidente esteve em frente ao paço municipal (fotos acima).
Abaixo conseguimos o discurso que foi feito na Associação Comercial, no mesmo dia, leia na integra abaixo:
O espírito progressista das classes conservadoras de Pelotas
(improviso agradecendo a grande manifestação de apreço das classes conservadoras de Pelotas, na associação comercial da cidade, a 12 de outubro de 1943)
A manifestação de apreço das classes conservadoras de Pelotas e a saudação do representante da Associação Comercial — Reconhecimento dos serviços prestados pelo Governo Nacional — Significação das manifestações espontâneas do povo pelotense — O desenvolvimento da pecuária — Conseqüências da transformação do país de produtor de matérias primas em industrializador dos seus recursos naturais — A inauguração da Escola Técnica e a linha ferroviária que ligará Pelotas ao oeste do Rio Grande — A construção da barragem do rio Camaquam grande empreendimento destinado a produzir força hidráulica e energia barata — A política do Governo Nacional não admite luta de classes e procura assegurar o equilíbrio e colaboração de todas — Nova mentalidade das classes conservadoras transformadas em elementos de cooperação governamental — Assistência e amparo econômico do trabalhador.
SENHORES
A manifestação das classes conservadoras de Pelotas constitui mais um motivo de íntimo contentamento entre os muitos que venho recolhendo no decorrer desta minha agradável viagem pelo Rio Grande do Sul. Mostra o calor e a sinceridade de sentimentos de uma gente habituada a exteriorizar sem temor o que pensa e o que sente. Fala-me, por isso mesmo, diretamente ao coração e recebo-a desvanecido e confortado. O digno intérprete da Associação Comercial de Pelotas acaba de referir lealmente os serviços prestados pelo meu Governo à terra pelotense. Não foram numerosos por certo, nem tão extraordinários me parecem diante do muito que desejaria fazer pelo progresso e bem estar de todos os meus conterrâneos. Na vida do homem público que se orienta num sentido reto e justo há sempre momentos que compensam os sacrifícios e as incompreensões, e esses momentos ele os encontra ocasionalmente na espontaneidade das expansões populares. É o que me aconteceu ao entrar em contacto com o nobre e valoroso povo pelotense. Pelotas não é só uma das mais encantadoras cidades do Rio Grande. É também um rico e ativo núcleo de trabalho. A pecuária preponderou durante muito tempo no conjunto das suas atividades produtoras. Lançou-se depois aos empreendimentos industriais e neles começa a aplicar reservas apreciáveis e capacidades comprovadas. É ainda sob esse aspecto um núcleo de trabalho promissor, procurando antecipar-se à rápida transformação que se opera na vida econômica do país, que de mero produtor de matérias primas passa a industrializador dos próprios recursos naturais. A compreensão inteligente dessa mudança em nossos processos de produção ressalta do interesse despertado pela inauguração da Escola Técnica destinada a formar auxiliares para a indústria da região. A circunstância excepcional de possuir um porto de fácil acesso à navegação marítima, servido por ligações ferroviárias que se completarão com a linha que ligará Pelotas ao oeste do Rio Grande, é mais um fator favorável a influir decisivamente no desenvolvimento das suas atividades manufatureiras. Mas há mais ainda a registrar sobre as possibilidades do progresso pelotense. Aproveitando a oportunidade quero dar-vos, nesse sentido, uma auspiciosa notícia. Entre os empreendimentos que o Governo Federal vai iniciar em breve, com o fim de criar para o Rio Grande do Sul mais amplas e seguras condições de desenvolvimento econômico, figura precisamente a construção da barragem do Rio Camaquam, que virá proporcionar a Pelotas, Rio Grande e Bagé, força hidráulica e portanto energia barata. Pelotas está assim fadada a ser um dos maiores empórios industriais do sul do Estado.
A riqueza é sempre produto do esforço humano e os homens aqui sabem esforçar-se para conquistá-la. Devem, porém, lembrar-se que não há coletividade rica onde a fortuna se concentra nas mãos de poucos. As classes menos favorecidas precisam usufruir igualmente os "bens da civilização, que só ficam ao seu alcance quando dispõem de recursos para adquiri-los. A política do Governo Nacional não admite a luta de classes, nem o predomínio de umas sobre outras. Procura estabelecer e assegurar o equilíbrio e a colaboração de todas para o bem geral. Felizmente, as classes conservadoras, transformadas hoje em elementos de cooperação governamental, já não têm a mentalidade das épocas passadas e se orientam no sentido de proporcionar amparo e segurança econômica ao trabalhador. Encerrando estas rápidas considerações, que me parecem de todo oportunas, renovo os meus agradecimentos pelas homenagens que me são prestadas com tão confortadoras disposições de confiança e solidariedade.
Fonte:
Presidência da República
Casa Civil
Secretaria de Administração
Diretoria de Gestão de Pessoas
Coordenação – Geral de Documentação e Informação
Coordenação de Biblioteca
Acesso: http://www.biblioteca.presidencia.gov.br/presidencia/ex-presidentes/getulio-vargas/discursos/1943/15.pdf/view
Fonte foto Arquivo Nacional
BR_RJANRIO_EH_0_FOT_PRP_00585_d0018de0022
BR_RJANRIO_EH_0_FOT_PRP_00585_d0011de0022
Acesso: http://sian.an.gov.br/sianex/Consulta/Pesquisa_Livre_Painel_Resultado.asp?v_CodReferencia_id=1314963&v_aba=1
4 de set. de 2018
Inauguração Escola Técnica de Pelotas - ETP em 1943
Presidente Getúlio Vargas (1939-1945) no Rio Grande do Sul inaugura Escola Técnica de Pelotas, RS.
"O Instituto
Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Sul-rio-grandense carrega em seu DNA
uma trajetória de quase um século, cuja história começou a ser escrita no
início do século XX, através de ações da diretoria da Bibliotheca Pública
Pelotense que, em 7 de julho de 1917 - data do aniversário da cidade de Pelotas
- sediou a assembléia de fundação da Escola de Artes e Officios. Esta escola se
caracterizava por ser uma sociedade civil, cujo objetivo era oferecer educação
profissional para meninos pobres. O prédio foi construído, mediante doações da
comunidade, em terreno doado pela Intendência Municipal.
As aulas tiveram início em 1930,
quando o município assumiu a Escola de Artes e Officios e instituiu a Escola
Technico Profissional que, posteriormente, passou a denominar-se Instituto
Profissional Técnico, cujos cursos compreendiam grupos de ofícios divididos em
seções: Madeira, Metal, Artes Construtivas e Decorativas, Trabalho de couro e
Eletro-Chimica. João Py Crespo, intendente Municipal que viabilizou o
funcionamento da Escola, doou seus vencimentos para esse fim, exemplo que foi
seguido pelo primeiro diretor, Sylvio Barbedo e pelo primeiro grupo de
professores.
O Instituto Profissional Técnico
funcionou por uma década, sendo extinto em 25 de maio de 1940, e seu prédio
demolido para a construção da Escola Técnica de Pelotas.
Em 1942, através do Decreto-lei
nº 4.127, de 25 de fevereiro, subscrito pelo presidente Getúlio Vargas e pelo
ministro da Educação Gustavo Capanena, foi criada a Escola Técnica de Pelotas –
ETP –, a primeira e única Instituição do gênero no estado do Rio Grande do Sul.
O engenheiro pelotense Luiz Simões Lopes foi o responsável pela vinda da Escola
para o município, através de sua intercessão pessoal junto ao Ministério da
Educação e ao Presidente da República.
A ETP, inaugurada em 11 de
outubro de 1943, com a presença do presidente Getúlio Vargas, começou suas
atividades letivas em 1945, com cursos de curta duração (ciclos). Neste
primeiro ciclo do ensino industrial, os cursos estabelecidos foram de Forja,
Serralheria, Fundição, Mecânica de Automóveis, Máquinas e Instalações Elétricas,
Aparelhos Elétricos, Telecomunicações, Carpintaria, Artes do Couro, Marcenaria,
Alfaiataria, Tipografia e Encadernação.
A partir de 1953, foi oferecido o
segundo ciclo da educação profissional, quando foi criado o primeiro curso
técnico - Construção de Máquinas e Motores.
Em 1959, a ETP é caracterizada
como autarquia Federal e, em 1965, passa a ser denominada Escola Técnica
Federal de Pelotas, adotando a sigla ETFPEL.
Com um papel social muito forte e
reconhecidamente destacado na formação de técnicos industriais, a ETFPEL
tornou-se uma Instituição especializada e referência na oferta de educação
profissional de nível médio, formando grande número de alunos nas habilitações
de Mecânica, Eletrotécnica, Eletrônica, Edificações, Eletromecânica,
Telecomunicações, Química e Desenho Industrial.
Em 1996, no dia 26 de fevereiro,
foi colocada em funcionamento a sua primeira Unidade de Ensino Descentralizada
– UNED, na cidade de Sapucaia do Sul.
Em 1998, a Escola Técnica Federal
de Pelotas começa a efetivar sua atuação no nível superior de ensino, tendo
obtido autorização ministerial, após parecer favorável do Conselho Nacional de
Educação, para implantação de Programa Especial de Formação Pedagógica,
destinado à habilitação de professores da educação profissional.
Em 1999, através de Decreto
Presidencial, efetivou-se a transformação da ETFPEL em Centro Federal de
Educação Tecnológica de Pelotas – CEFET-RS, o que possibilitou a oferta de seus
primeiros cursos superiores de graduação e pós-graduação, abrindo espaço para
projetos de pesquisa e convênios, com foco nos avanços tecnológicos.
Em 13 de outubro de 2006, foi
inaugurada a Unidade de Ensino de Charqueadas e, em 27 de novembro 2007, a
Unidade de Ensino de Passo Fundo.
Em 29 de dezembro de 2008, foi
criado, a partir do Centro Federal de Educação Tecnológica de Pelotas, o
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Sul-rio-grandense, com sede
e foro na cidade de Pelotas, estado do Rio Grande do Sul, nos termos da Lei nº
11.892, com natureza jurídica de autarquia, vinculada ao Ministério da
Educação."
Fonte do texto:
Coordenadoria de Comunicação Social, acesso em http://www.ifsul.edu.br/historico
Fonte da foto:
ARQUIVO NACIONAL. BR RJANRIO EH-(Fundo). BR RJANRIO EH.0.FOT-(Série). BR RJANRIO EH.0.FOT, PRP-(Sub-Série). BR RJANRIO EH.0.FOT, PRP.583-(Dôssie). Acesso em http://sian.an.gov.br/sianex/Consulta/Pesquisa_Livre_Painel_Resultado.asp?v_CodReferencia_id=1314958&v_aba=1
Planta da cidade de Pelotas de 1911 - Bondes
Planta da cidade de Pelotas com as linhas dos bondes
em 24 de setembro de 1911. Tamanho 87cm x 46 cm. Apresenta relação dos
principais edifícios da cidade de Pelotas. Carimbo: Guinle & Cia.
Escritório Técnico. nº 55/1911. 15 set. 1911. Carimbo: Club de Engenharia
- Carta Geográfica do Brasil. Arquivo Nacional.
Fonte: Arquivo Nacional. Sistema de informações do arquivo
nacional. BR RJANRIO F4-(Fundo), BR RJANRIO F4.0.MAP-(Série), BR RJANRIO
F4.0.MAP.623-(Dôssie).
Acesso: http://sian.an.gov.br/sianex/Consulta/Pesquisa_Livre_Painel_Resultado.asp?v_CodReferencia_id=341424&v_aba=1
31 de ago. de 2018
23 de ago. de 2018
As travessas entre XV e Andrades
Você sabe os nomes das travessas entre XV de Novembro e Andrades Neves?
1 - Travessa Cel. Ismael Soares (esquina da antiga Confeitaria Brasil) - Cel. Ismael Soares da Silva - Coronel da revolução farroupilha, organizou junto com José Neto, Pedro Marques e Antônio de Sousa Netto, o corpo de cavalaria farroupilha.
2 - Travessa Conde de Piratini (do lado da Biblioteca pública) - João Francisco Vieira Braga, barão, visconde e conde de Piratini (Piratini, 1797 — Pelotas, 9 de maio de 1887) foi um estancieiro, empresário e político brasileiro. Foi vereador em Rio Grande, deputado provincial eleito à 1ª Legislatura da Assembleia Provincial e também à 2ª Legislatura.
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Travessas Conde de Piratini e Col. Ismael Soares pela Rua XV de Novembro |
17 de ago. de 2018
Baile de carnaval no Diamantinos na década de 40
31 de jul. de 2018
Rua Prof. Araújo no ano de 1980 - Hotel Ness
Rua Professor Araújo, antigo Hotel Ness, no ano de 1980. Atualmente chamado de Largo Vernetti.
* O Hotel Ness se localizava próximo ao Hotel Colonial, na rua 10 de Novembro [atual Prof. Araújo] também uma continuação da Avenida Fernando Osório. Seu proprietário era Pedro Ness. COMPANHIA Melhoramento e Resistência. Guia de Assinantes Nº 13. Pelotas: Editada por Echenique & Cia., 1947.
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Foto de Jerônimo Alberto dos Santos enviada por Jéferson Barcelos a Pretérita urbe.
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A rua Professor Dr. Araújo
integra o primeiro loteamento urbano da freguesia de São Francisco de Paula.
Projetada nos terrenos de Antônio dos Anjos, a via foi nomeada na planta de
1815 como “Rua das Lavadeiras”; extraoficialmente a chamavam de “Rua Francisco
Ourives”, uma referência a um comerciante local.
A rua inicialmente tinha apenas três quadras, partido da atual Avenida Bento Gonçalves e indo até a atual Major Cícero. Neste trajeto a presença de lavadeiras era cotidiana no arroio Santa Bárbara, este que seguia seu curso nas proximidades.
Em 10 de fevereiro de 1869 o trajeto passa a ser chamado de “Manduca Rodrigues”, militar pelotense morto na Guerra do Paraguai em 1867, durante a batalha de Potreiro Ovelha. Com a expansão da rua, a Câmara Municipal dividiu-a em três nomenclaturas distintas, constando em seu trajeto: Professor Dr. Araújo, Avenida Saldanha Marinho, e Manduca Rodrigues. O primeiro foi diretor do então Ginásio Pelotense e professor das escolas de Farmácia e Odontologia, como também da Escola de Agronomia Eliseu Maciel e da Academia de Comércio. Joaquim Saldanha Marinho fora Presidente da Província de São Paulo entre outubro de 1867 e abril de 1868, onde promoveu a criação da Companhia Paulista de Estradas de Ferro. Durante o Império Marinho foi também Deputado Geral (equivalente dos atuais deputados federais) por cinco legislaturas.
Fonte de Olhares de Pelotas com base no livro "Os Passeios da Cidade Antiga" de Mario Osorio Magalhães veja em: https://pt-br.facebook.com/Olharessobrepelotas/photos/a-rua-professor-dr-ara%C3%BAjo-integra-o-primeiro-loteamento-urbano-da-freguesia-de-s/1627607684013097
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Foto Google maps |
25 de jul. de 2018
5 de jul. de 2018
Bar do mercado nos anos 80
Foto de Luciano Piltcher que fez parte da exposição "Em Contra Tempo" que mostrava registros do antigo Mercado Público de Pelotas. Foto do de 85 ou 86. Fonte: http://fotocometario.blogspot.com.br
Visite nosso canal do YouTube e veja vídeos raros e antigos comerciais de Pelotas. https://www.youtube.com/channel/UCavbfHUJYjRt_burH-K6R3g
Mais fotos desta exposição em http://preterita.wixsite.com/urbe
Quem tiver fotos interna do antigo mercado envie para nós!!
29 de mai. de 2018
Praça da República
Praça da Reneração> Praça Pedro II> Praça Regeneração> PRAÇA DA REPÚBLICA> Praça Coronel Pedro Osório
A partir do segundo loteamento, que ampliou os limites urbanos de Pelotas na direção sul ─ desde a Rua General Neto até atingir a região do Porto ─, o eixo central do povoado passou a ser a atual Praça Coronel Pedro Osório, batizada de Regeneração em 1832, quando se instalou a vila e o governo municipal passou a funcionar precisamente no entorno dessa praça. Recebeu, depois, os nomes de Pedro II, em 1865, novamente Regeneração, em 1889, da República, em 1895, e, finalmente, Coronel Pedro Osório, em 1931.
Fonte: Dicionário de Pelotas
25 de mai. de 2018
Fila para gasolina na década de 40
"Durante a II Guerra Mundial (1939-1945), “racionamento” e
“escassez” viraram palavras de uso corrente em Pelotas. Faltava tudo, a começar
pela gasolina, que quase não chegava à cidade porque era desviada pelos
produtores para o chamado “esforço de guerra”, por imposição do governo
brasileiro."
A Pelotas que
eu vivi em https://pelotascronicasurbanas.files.wordpress.com/2013/03/o-livro_edicao-consolidada.pdf
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Fila de automóveis na rua Gen. Osório. |
"Durante a Segunda Guerra Mundial a crise do petróleo atingiu Pelotas. Tal evento deu origem a extensas filas de automóveis em postos de gasolina entre os anos de 1944 e 1945."
Fonte: https://www.facebook.com/Olharessobrepelotas
23 de mai. de 2018
Monumento Coronel Pedro Osório 1954
Inauguração do monumento em homenagem ao centenário do caçapavense Coronel Pedro Osório em 1954 na Praça que leva o seu nome desde de 07 de março de 1931 quando o prefeito João Py Crespo homenageou o charqueador, agricultor e político.
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