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11 de ago. de 2025

A ORIGEM DO NOME PELOTAS por Mario Osório Magalhães

Ilustração de Debret

    Dizia-se que os indígenas rio-grandenses, usando uma canoa de couro para a travessia dos rios, batizaram-na de pelota. Hoje, uma versão nova assegura que o uso do barco e o uso da palavra têm origem marroquina e que foram apenas assimilados pelos aborígines.
    Indígenas ou marroquinas, o certo é que o arroio Pelotas recebeu o nome das embarcações frequentemente utilizadas na sua travessia, pelos habitantes originais e pelos primeiros povoadores. Depois, a partir da proliferação das charqueadas nas terras marginais do arroio, costa do Pelotas passou a designar, genericamente, a movimentada região.
    Por fim, elevada a Vila de São Francisco de Paula à categoria de cidade, após muita discussão foi aprovado o nome de Cidade de Pelotas, em homenagem "ao fato histórico [estabelecimento das charqueadas] que aglomerara com a rapidez do raio a gente e a riqueza da localidade", na expressão de Domingos José de Almeida (em 1835, na Assembleia Legislativa).
    Transferiu-se a denominação da embarcação ao arroio, do arroio à região, da região ao município. Mesmo sem que todos saibam, pela ordem inversa um distante passado sobrevive, na memória local, toda vez que se pronuncia o nome da cidade.

Foto de Nauro Jr.

Texto de Mario Osório Magalhães, do livro Histórias e tradições da cidade de Pelotas. Editora Armazém literário, 1999. Pag. 14

26 de set. de 2019

Folha ilustradas "O Cabrion (1879-1880)"


"Houve grande quantidade de pequenos periódicos, de formato, tiragem e periodicidade muito variada, que são classificados como jornais ou também como revistas literárias. Havia ainda as folhas ilustradas, que mesclavam literatura e sátira social, possuindo ilustrações a bico de pena, das quais as principais foram O Cabrion (1879-1880) e A Ventarola (1887-1889). A primeira pertenceu a Eduardo Guerra e Eduardo Chapon e se distinguiu pelo tom agressivo de suas sátiras ilustradas, causando polêmica em alguns momentos. A segunda, de propriedade exclusiva de Eduardo Chapon, tinha um estilo mais moderado, mas bateu-se pela Abolição e foi um dos importantes semanários de seu tempo, dedicando-se também à literatura. A campanha da Abolição também fez surgir outros periódicos, destacando-se A Penna,O Pervígil (1882-1883) e O Democrata (1886-1888). Mesmo sem ilustrações, outros jornais misturavam humor, crítica literária e crônicas do cotidiano, como O Invisível (1887) e a Revista Popular (1888), ambos tendendo ao republicanismo. O Farrapo (1889) é exemplo de semanário político e republicano com produção literária, mesmo caso de O Radical (1890) que, publicado na época da proclamação da República, aos poucos perdeu seu caráter político, tornando-se mais literário." 
O nome do periódico foi uma adaptação de um dos personagens do romance Mistérios de Paris de Eugène Sue. No enredo, Cabrion era um pintor travesso que perturbava o personagem Pipelet. Publicado originalmente no Journal des Debats, entre junho de 1842 e outubro de 1843, o romance recebeu grande notoriedade não só na França, como em outros países. No Brasil, foi publicado no folhetim do Jornal do Comércio, a partir de 1º de setembro de 1844 (Balaban, 2005, p. 99). Serviu também para intitular o periódico de Angelo Agostini veiculado na década de 1860, em São Paulo. 

Abaixo reprodução da folha ilustrada "O Cabrion" de n° 94, datada de 21 de novembro de 1880, segundo ano de circulação da folha. Na capa uma ilustração de Jacques Offenbach, compositor e violoncelista francês de origem alemã, foi um paladino da opereta e um precursor do teatro musical moderno que havia morrido no mês anterior.

Foi publicado em pequeno formato (22 x 32cm), com circulação semanal.
A forma de apresentação do periódico seguia o modelo adotado pelos jornais congêneres do século XIX, sobretudo, os do Rio de Janeiro.

A impressão era realizada pela tipografica do Jornal do Comércio. A parte ilustrada era produzida sob a responsabilidade artística de Eduardo de Araújo Guerra, desenhista e encarregado também pela direção literária.



Eduardo Chapon e Eduardo Guerra utilizaram a sátira social para tratar dos mais variados assuntos que nortearam a sociedade pelotense. Para eles, tudo e todos eram passíveis de suas críticas e ilustrações caricaturais.



Fonte do texto.— 

- A Imprensa de Pelotas em um século”. Diário Popular, 7 de novembro de 1951. Bibliografia.– Loner, Beatriz. Jornais pelotenses diários na República Velha. Ecos Revista. Pelotas, v.2, n.1, abril de 1998, pp. 5-34; Lopes, Aris-teu. Traços da política: representações do mundo político na imprensa ilustrada pelotense do século XIX. Porto Alegre: UFRGS, Dissertação (Mestrado em História), 2006; Rudiger, Francisco. Tendências do jornalismo. Porto Alegre: Editora da Universidade UFRGS, 1993. (Beatriz Ana Loner);

- Artista do lápis: as ilustrações de Eduardo de Araújo Guerra no periódico Cabrion. Pelotas, 1879-1881, acesso em 26 de setembro de 2019 em: http://revistas.unisinos.br/index.php/historia/article/view/5087

Fonte de reprodução do Jornal.— Acervo de Vinicius Porto.


Offenbach - Barcarolle , from 'The Tales of Hoffmann'



23 de set. de 2019

Chafariz da Praça Coronel Pedro Osório, década de 60.

A esquerda do postal notamos a construção do Condomínio Edifício Barão de Jarau. 
O edifício foi projetado pelo arquiteto Ari Marangon em 1968, foi construído na esquina da Praça Coronel Osório com a Rua Anchieta. O início da obra foi através da Construtora Menna Barreto, em parceria com o Sr. Lauro Ribeiro. Em um segundo momento passou para Roberto Ferreira S.A., empresa na qual o Senhor Lauro era sócio. (Fonte: Equipe Exclusive Sul)

Agradecimento a Luciano Silveira pelo envio da foto.

19 de set. de 2019

Parque da Baronesa antes do museu. Senzala da Baronesa? Década de 70

Antes do Museu...

O terreno onde hoje está localizado o Solar da Baronesa foi comprado em 1863 pelo Cel. Annibal Antunes Maciel e passou para as mãos de Annibal Antunes Maciel Júnior por herança materna no ano de 1871.
No ano de 1978 a propriedade foi doada pela família ao município de Pelotas, sendo especificado no documento de doação que o parque e o prédio fossem transformados em espaços abertos ao público. Após quatro anos de reforma, o museu foi inaugurado em 25 de abril de 1982 e tombado pelo Conselho Municipal do Patrimônio Histórico (COMPHIC) do município de Pelotas no ano de 1985.

Foto pertencente ao acervo do Museu.

No processo de reforma algumas edificações do entorno foram demolidas, pois não apresentavam o mesmo padrão estético do casarão (foto abaixo), apagando da memória local a materialidade que representava as classes trabalhadoras que também fizeram parte da história da Chácara da Baronesa.  Fonte: Página Facebook "Onde está a Senzala da Baronesa?" https://www.facebook.com/Onde-est%C3%A1-a-Senzala-da-Baronesa-101676177894663/?__tn__=HH-R

Foto pertencente ao acervo do Museu. Doação desta foto ao Museu suscitou uma questão que sempre gerou dúvidas aos frequentadores do Parque... seriam essas casinhas as antigas senzalas do Solar da Baronesa?


"Onde está a Senzala da Baronesa?" é uma pesquisa arqueológica que procura entender a escravidão e pós-abolição na Chácara da Baronesa, assim como contribuir na discussão pública das representações do passado, onde convida a participação da comunidade pelotense.

1 de out. de 2018

Discurso de Getúlio Vargas em Pelotas 1943


Getúlio Vargas acena para o público em frente ao paço municipal. Foto do Arquivo Nacional, 1943.

Grande público se aglomera em frente ao paço municipal para ver o presidente Getúlio Vargas.
Foto do Arquivo Nacional, 1943.

Em outubro de 1943 Getúlio Vargas esteve de passagem por Pelotas e região para inaugurar a Escola Técnica, linha ferroviária, que ligaria Pelotas ao oeste do Rio Grande e também para anunciar a construção da barragem do Rio Camaquã. 
Numa segunda -feira, dia 11 de outubro foi a inauguração da ETP e no dia 12 de outubro o então presidente esteve em frente ao paço municipal (fotos acima). 
Abaixo conseguimos o discurso que foi feito na Associação Comercial, no mesmo dia, leia na integra abaixo:

O espírito progressista das classes conservadoras de Pelotas 

(improviso agradecendo a grande manifestação de apreço das classes conservadoras de Pelotas, na associação comercial da cidade, a 12 de outubro de 1943)

A manifestação de apreço das classes conservadoras de Pelotas e a saudação do representante da Associação Comercial — Reconhecimento dos serviços prestados pelo Governo Nacional — Significação das manifestações espontâneas do povo pelotense — O desenvolvimento da pecuária — Conseqüências da transformação do país de produtor de matérias primas em industrializador dos seus recursos naturais — A inauguração da Escola Técnica e a linha ferroviária que ligará Pelotas ao oeste do Rio Grande — A construção da barragem do rio Camaquam grande empreendimento destinado a produzir força hidráulica e energia barata — A política do Governo Nacional não admite luta de classes e procura assegurar o equilíbrio e colaboração de todas — Nova mentalidade das classes conservadoras transformadas em elementos de cooperação governamental — Assistência e amparo econômico do trabalhador.


SENHORES

A manifestação das classes conservadoras de Pelotas constitui mais um motivo de íntimo contentamento entre os muitos que venho recolhendo no decorrer desta minha agradável viagem pelo Rio Grande do Sul. Mostra o calor e a sinceridade de sentimentos de uma gente habituada a exteriorizar sem temor o que pensa e o que sente. Fala-me, por isso mesmo, diretamente ao coração e recebo-a desvanecido e confortado. O digno intérprete da Associação Comercial de Pelotas acaba de referir lealmente os serviços prestados pelo meu Governo à terra pelotense. Não foram numerosos por certo, nem tão extraordinários me parecem diante do muito que desejaria fazer pelo progresso e bem estar de todos os meus conterrâneos. Na vida do homem público que se orienta num sentido reto e justo há sempre momentos que compensam os sacrifícios e as incompreensões, e esses momentos ele os encontra ocasionalmente na espontaneidade das expansões populares. É o que me aconteceu ao entrar em contacto com o nobre e valoroso povo pelotense. Pelotas não é só uma das mais encantadoras cidades do Rio Grande. É também um rico e ativo núcleo de trabalho. A pecuária preponderou durante muito tempo no conjunto das suas atividades produtoras. Lançou-se depois aos empreendimentos industriais e neles começa a aplicar reservas apreciáveis e capacidades comprovadas. É ainda sob esse aspecto um núcleo de trabalho promissor, procurando antecipar-se à rápida transformação que se opera na vida econômica do país, que de mero produtor de matérias primas passa a industrializador dos próprios recursos naturais. A compreensão inteligente dessa mudança em nossos processos de produção ressalta do interesse despertado pela inauguração da Escola Técnica destinada a formar auxiliares para a indústria da região. A circunstância excepcional de possuir um porto de fácil acesso à navegação marítima, servido por ligações ferroviárias que se completarão com a linha que ligará Pelotas ao oeste do Rio Grande, é mais um fator favorável a influir decisivamente no desenvolvimento das suas atividades manufatureiras. Mas há mais ainda a registrar sobre as possibilidades do progresso pelotense. Aproveitando a oportunidade quero dar-vos, nesse sentido, uma auspiciosa notícia. Entre os empreendimentos que o Governo Federal vai iniciar em breve, com o fim de criar para o Rio Grande do Sul mais amplas e seguras condições de desenvolvimento econômico, figura precisamente a construção da barragem do Rio Camaquam, que virá proporcionar a Pelotas, Rio Grande e Bagé, força hidráulica e portanto energia barata. Pelotas está assim fadada a ser um dos maiores empórios industriais do sul do Estado.
A riqueza é sempre produto do esforço humano e os homens aqui sabem esforçar-se para conquistá-la. Devem, porém, lembrar-se que não há coletividade rica onde a fortuna se concentra nas mãos de poucos. As classes menos favorecidas precisam usufruir igualmente os "bens da civilização, que só ficam ao seu alcance quando dispõem de recursos para adquiri-los. A política do Governo Nacional não admite a luta de classes, nem o predomínio de umas sobre outras. Procura estabelecer e assegurar o equilíbrio e a colaboração de todas para o bem geral. Felizmente, as classes conservadoras, transformadas hoje em elementos de cooperação governamental, já não têm a mentalidade das épocas passadas e se orientam no sentido de proporcionar amparo e segurança econômica ao trabalhador. Encerrando estas rápidas considerações, que me parecem de todo oportunas, renovo os meus agradecimentos pelas homenagens que me são prestadas com tão confortadoras disposições de confiança e solidariedade.


Fonte:
Presidência da República
Casa Civil
Secretaria de Administração
Diretoria de Gestão de Pessoas
Coordenação – Geral de Documentação e Informação
Coordenação de Biblioteca

Acesso: http://www.biblioteca.presidencia.gov.br/presidencia/ex-presidentes/getulio-vargas/discursos/1943/15.pdf/view



Fonte foto Arquivo Nacional
BR_RJANRIO_EH_0_FOT_PRP_00585_d0018de0022
BR_RJANRIO_EH_0_FOT_PRP_00585_d0011de0022

Acesso: http://sian.an.gov.br/sianex/Consulta/Pesquisa_Livre_Painel_Resultado.asp?v_CodReferencia_id=1314963&v_aba=1

4 de set. de 2018

Inauguração Escola Técnica de Pelotas - ETP em 1943


Presidente Getúlio Vargas (1939-1945) no Rio Grande do Sul inaugura Escola Técnica de Pelotas, RS. 





Um pouco da história do atual IF-Sul/RS ao longo do tempo.


"O Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Sul-rio-grandense carrega em seu DNA uma trajetória de quase um século, cuja história começou a ser escrita no início do século XX, através de ações da diretoria da Bibliotheca Pública Pelotense que, em 7 de julho de 1917 - data do aniversário da cidade de Pelotas - sediou a assembléia de fundação da Escola de Artes e Officios. Esta escola se caracterizava por ser uma sociedade civil, cujo objetivo era oferecer educação profissional para meninos pobres. O prédio foi construído, mediante doações da comunidade, em terreno doado pela Intendência Municipal.
As aulas tiveram início em 1930, quando o município assumiu a Escola de Artes e Officios e instituiu a Escola Technico Profissional que, posteriormente, passou a denominar-se Instituto Profissional Técnico, cujos cursos compreendiam grupos de ofícios divididos em seções: Madeira, Metal, Artes Construtivas e Decorativas, Trabalho de couro e Eletro-Chimica. João Py Crespo, intendente Municipal que viabilizou o funcionamento da Escola, doou seus vencimentos para esse fim, exemplo que foi seguido pelo primeiro diretor, Sylvio Barbedo e pelo primeiro grupo de professores.
O Instituto Profissional Técnico funcionou por uma década, sendo extinto em 25 de maio de 1940, e seu prédio demolido para a construção da Escola Técnica de Pelotas.
Em 1942, através do Decreto-lei nº 4.127, de 25 de fevereiro, subscrito pelo presidente Getúlio Vargas e pelo ministro da Educação Gustavo Capanena, foi criada a Escola Técnica de Pelotas – ETP –, a primeira e única Instituição do gênero no estado do Rio Grande do Sul. O engenheiro pelotense Luiz Simões Lopes foi o responsável pela vinda da Escola para o município, através de sua intercessão pessoal junto ao Ministério da Educação e ao Presidente da República.
A ETP, inaugurada em 11 de outubro de 1943, com a presença do presidente Getúlio Vargas, começou suas atividades letivas em 1945, com cursos de curta duração (ciclos). Neste primeiro ciclo do ensino industrial, os cursos estabelecidos foram de Forja, Serralheria, Fundição, Mecânica de Automóveis, Máquinas e Instalações Elétricas, Aparelhos Elétricos, Telecomunicações, Carpintaria, Artes do Couro, Marcenaria, Alfaiataria, Tipografia e Encadernação.
A partir de 1953, foi oferecido o segundo ciclo da educação profissional, quando foi criado o primeiro curso técnico - Construção de Máquinas e Motores.
Em 1959, a ETP é caracterizada como autarquia Federal e, em 1965, passa a ser denominada Escola Técnica Federal de Pelotas, adotando a sigla ETFPEL.
Com um papel social muito forte e reconhecidamente destacado na formação de técnicos industriais, a ETFPEL tornou-se uma Instituição especializada e referência na oferta de educação profissional de nível médio, formando grande número de alunos nas habilitações de Mecânica, Eletrotécnica, Eletrônica, Edificações, Eletromecânica, Telecomunicações, Química e Desenho Industrial.
Em 1996, no dia 26 de fevereiro, foi colocada em funcionamento a sua primeira Unidade de Ensino Descentralizada – UNED, na cidade de Sapucaia do Sul.
Em 1998, a Escola Técnica Federal de Pelotas começa a efetivar sua atuação no nível superior de ensino, tendo obtido autorização ministerial, após parecer favorável do Conselho Nacional de Educação, para implantação de Programa Especial de Formação Pedagógica, destinado à habilitação de professores da educação profissional.
Em 1999, através de Decreto Presidencial, efetivou-se a transformação da ETFPEL em Centro Federal de Educação Tecnológica de Pelotas – CEFET-RS, o que possibilitou a oferta de seus primeiros cursos superiores de graduação e pós-graduação, abrindo espaço para projetos de pesquisa e convênios, com foco nos avanços tecnológicos.
Em 13 de outubro de 2006, foi inaugurada a Unidade de Ensino de Charqueadas e, em 27 de novembro 2007, a Unidade de Ensino de Passo Fundo.
Em 29 de dezembro de 2008, foi criado, a partir do Centro Federal de Educação Tecnológica de Pelotas, o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Sul-rio-grandense, com sede e foro na cidade de Pelotas, estado do Rio Grande do Sul, nos termos da Lei nº 11.892, com natureza jurídica de autarquia, vinculada ao Ministério da Educação."

Fonte do texto: 
Coordenadoria de Comunicação Social, acesso em http://www.ifsul.edu.br/historico

Fonte da foto: 

ARQUIVO NACIONAL. BR RJANRIO EH-(Fundo). BR RJANRIO EH.0.FOT-(Série). BR RJANRIO EH.0.FOT, PRP-(Sub-Série). BR RJANRIO EH.0.FOT, PRP.583-(Dôssie). Acesso em http://sian.an.gov.br/sianex/Consulta/Pesquisa_Livre_Painel_Resultado.asp?v_CodReferencia_id=1314958&v_aba=1


31 de jul. de 2018

Rua Prof. Araújo no ano de 1980 - Hotel Ness

Rua Professor Araújo, antigo Hotel Ness, no ano de 1980. Atualmente chamado de Largo Vernetti.

* O Hotel Ness se localizava próximo ao Hotel Colonial, na rua 10 de Novembro [atual Prof. Araújo] também uma continuação da Avenida Fernando Osório. Seu proprietário era Pedro Ness. COMPANHIA Melhoramento e Resistência. Guia de Assinantes Nº 13. Pelotas: Editada por Echenique & Cia., 1947.

Foto de Jerônimo Alberto dos Santos enviada por Jéferson Barcelos a Pretérita urbe.
A rua Professor Dr. Araújo integra o primeiro loteamento urbano da freguesia de São Francisco de Paula. Projetada nos terrenos de Antônio dos Anjos, a via foi nomeada na planta de 1815 como “Rua das Lavadeiras”; extraoficialmente a chamavam de “Rua Francisco Ourives”, uma referência a um comerciante local. 
A rua inicialmente tinha apenas três quadras, partido da atual Avenida Bento Gonçalves e indo até a atual Major Cícero. Neste trajeto a presença de lavadeiras era cotidiana no arroio Santa Bárbara, este que seguia seu curso nas proximidades.
Em 10 de fevereiro de 1869 o trajeto passa a ser chamado de “Manduca Rodrigues”, militar pelotense morto na Guerra do Paraguai em 1867, durante a batalha de Potreiro Ovelha. Com a expansão da rua, a Câmara Municipal dividiu-a em três nomenclaturas distintas, constando em seu trajeto: Professor Dr. Araújo, Avenida Saldanha Marinho, e Manduca Rodrigues. O primeiro foi diretor do então Ginásio Pelotense e professor das escolas de Farmácia e Odontologia, como também da Escola de Agronomia Eliseu Maciel e da Academia de Comércio. Joaquim Saldanha Marinho fora Presidente da Província de São Paulo entre outubro de 1867 e abril de 1868, onde promoveu a criação da Companhia Paulista de Estradas de Ferro. Durante o Império Marinho foi também Deputado Geral (equivalente dos atuais deputados federais) por cinco legislaturas.
Fonte de Olhares de Pelotas com base no livro "Os Passeios da Cidade Antiga" de Mario Osorio Magalhães veja em: https://pt-br.facebook.com/Olharessobrepelotas/photos/a-rua-professor-dr-ara%C3%BAjo-integra-o-primeiro-loteamento-urbano-da-freguesia-de-s/1627607684013097

Foto Google maps

29 de mai. de 2018

Praça da República

Praça da Reneração> Praça Pedro II> Praça Regeneração> PRAÇA DA REPÚBLICA> Praça Coronel Pedro Osório


A partir do segundo loteamento, que ampliou os limites urbanos de Pelotas na direção sul ─ desde a Rua General Neto até atingir a região do Porto ─, o eixo central do povoado passou a ser a atual Praça Coronel Pedro Osório, batizada de Regeneração em 1832, quando se instalou a vila e o governo municipal passou a funcionar precisamente no entorno dessa praça. Recebeu, depois, os nomes de Pedro II, em 1865, novamente Regeneração, em 1889, da República, em 1895, e, finalmente, Coronel Pedro Osório, em 1931.

Fonte: Dicionário de Pelotas

25 de mai. de 2018

Fila para gasolina na década de 40

"Durante a II Guerra Mundial (1939-1945), “racionamento” e “escassez” viraram palavras de uso corrente em Pelotas. Faltava tudo, a começar pela gasolina, que quase não chegava à cidade porque era desviada pelos produtores para o chamado “esforço de guerra”, por imposição do governo brasileiro."

A Pelotas que eu vivi em https://pelotascronicasurbanas.files.wordpress.com/2013/03/o-livro_edicao-consolidada.pdf



Fila de automóveis na rua Gen. Osório.

"Durante a Segunda Guerra Mundial a crise do petróleo atingiu Pelotas. Tal evento deu origem a extensas filas de automóveis em postos de gasolina entre os anos de 1944 e 1945."
Fonte: https://www.facebook.com/Olharessobrepelotas

23 de mai. de 2018

Monumento Coronel Pedro Osório 1954


Inauguração do monumento em homenagem ao centenário do caçapavense Coronel Pedro Osório em 1954 na Praça que leva o seu nome desde de 07 de março de 1931 quando o prefeito João Py Crespo homenageou o charqueador, agricultor e político.




17 de abr. de 2018

Pretérito e Presente: Rua Anchieta esq. Antônio dos Anjos.

Edição de foto da década de 20 com foto de 2011 (Google) por Pretérita Urbe, que aparece a esquina entre as ruas Anchieta e Antônio dos Anjos.

"A atividade da lavoura de arroz, associada aos frigoríficos e à criação de ovelhas, bem como a produção de frutas e legumes para a indústria de conservas artesanais, promovem um renascimento econômico na década de 20. Esse renascimento dura até 1930, quando ocorre nova crise, ocasionada principalmente pela falência do Banco Pelotense. A crise força uma nova readequação econômica, envolvendo o desenvolvimento da indústria da alimentação, arroz e conservas." 

Fonte do texto: LUZES NA NEBLINA, Trabalhadores de Pelotas (1888-1930). Memorial de justiça do trabalho do RG adaptado da datese de doutorado da Profa. da UFPEL, Beatriz Ana Loner, intitulado Construção de Classe - Operários de Pelotas e Rio Grande (1888-1930).






Segundo o Sr. Waldemar Ferreira Louzada Filho em comentário a esta página diz que esta esquina ainda pertence a família Louzada (agosto de 2018). Toda esquina onde antes do beneficiamento de arroz era uma fábrica de vassouras do seu avô Sr.Antonio Ferreira Louzada, mesmo que construiu a antiga Capela da Luz e trouxe a santa hoje na igreja da Luz em 1906.

14 de mar. de 2018

Sra. Judith da Silva Bacci (1918 - 1991)

D. Judith era funcionária da EBA, contratada por Marina de Moraes Pires, zeladora – morou na Escola - e encarregada da limpeza, e aprendeu escultura vendo o professor Antonio Caringi ensinar os alunos. Trabalhou como escultora, e recebia encomendas de clientes de Pelotas e de outras localidades. Mulher, negra e pobre, foi reconhecida como profissional talentosa.
A Senhora Judith foi uma escultora negra e pelotense autodidata, que nasceu em 1918 e veio a falecer em 1991. Trabalhou como zeladora da antiga Escola de Belas Artes -- EBA, que atualmente chama-se Centro de Artes.
Sua história constitui-se de sua luta e de muito trabalho onde superou obstáculos, por causa das convenções da época, mas mesmo assim chegou a ser laboratorista em escultura, onde também auxiliou professores no antigo instituto - ILA - Instituto de Letras e Artes.
Dona Judith no seu período de produção artística não recebia muito incentivos para produzir ou vender, mas também não era impedida de vender mesmo sofrendo racismo pelos corredores do instituto.
Ao mesmo tempo, ela tinha um grande reconhecimento por seus trabalhos, pois impressionavam alunos e professores. Os alunos sempre que precisavam chamavam por Dona Judith para auxiliá-los em aula, pois ela os ajudava muito.
Judith também fazia esculturas religiosas, busto, nu feminino e masculino, posava de modelo vivo para os alunos principalmente no concurso de escultura que ocorreu em março de 1984.
Retratou figuras da sociedade de Pelotas e personagens internacionais como Mariana de Morais Pires que era diretora da EBA e o ex presidente dos Estados Unidos John Kennedy dentro outros. Trabalhou quase sempre com argila e gesso, na questão academicista ela tinha influências realistas e expressionistas.
Uma de suas esculturas famosa e que pode ser lembrada até os dias de hoje é da imagem de Iemanjá que está no Balneário dos Prazeres, com este trabalho vê-se a importância da artista no Patrimônio da cidade.
Segundo o filho de Judith, Mário Eugênio, ela também teve reconhecimento, mesmo com a pouca escolaridade, pelo o crítico de arte Nelson de Freitas. O mesmo tinha uma coluna no Diário Popular onde fazia críticas de arte, mas no caso de Judith só críticas muito positivas quanto à produção da artista.

Fotos acima do acervo Fototeca UFPel

Foto postada pelo Jornal Diário Popular no Caderno Estilo em 10 de Março de 2018.

5 de out. de 2017

Mercado nos anos 2000

Foto do Mercado Público nos anos 2000, serviu para ilustrar na época um texto sobre a importância de resgatar o Mercado como os antigos mercados, que se transformara em uma grande feira de calçados, ocupando, inclusive, o passeio nos corredores.


29 de set. de 2017

Recanto dos Coswig na Colônia Progresso 10° Distrito de Pelotas - Década de 50.





Em raros minutos, o vídeo registrado pelo Sr. Darcy Franke mostra o passeio ao Recanto dos Coswig na Colônia Progresso, 10° Distrito de Pelotas (Passando a Ponte do Retiro na BR 116, dobra-se na primeira entrada a esquerda), na década de 50. 
Acervo de Darcy Franke - Pelotas-RS 
Este vídeo é propriedade de Nelson Medeiros Franke e compartilhado por Pedro Campos Franke.

6 de set. de 2017

TV Tuiuti Rua 15 de Novembro.


Registro da TV Tuiuti, hoje RBS TV Pelotas, na Rua 15 de Novembro, atual Farmácia e Museu Farmacêutico Moura. RBS TV Pelotas ficou ai até 1985. Imagem do vídeo "39 anos da RBS TV Pelotas".

"A TV Tuiuti de Pelotas foi fundada em 5 de julho de 1972, uma das primeiras emissoras de televisão da Rede Brasil Sul de Comunicações. Sua sede se localizava na rua 15 de Novembro,no centro da cidade.
Em 1978, entraram no ar as primeiras repetidoras da TV Tuiuti, em Canguçu e Jaguarão.
Em 1979, e TV Tuiuti, juntamente com as outras emissoras da Rede Brasil Sul, recebeu a denominação RBS TV, passando a se chamar RBS TV Pelotas. Mais tarde, a RBS TV Pelotas passou a ter sua sede na rua Hipólito José da Costa, bairro Areal." 
Fonte: Wiki

21 de ago. de 2017

Edifício Sulbanco e o Theatro Sete de Abril - Déc. de 50

Com o começo da verticalização do centro de Pelotas nas décadas de 30 e 40 (podemos citar o Edifício Glória e na sequência a Associação Comercial de Pelotas), que se intensificou na década de 50, surge em 1956 o Edifício Sulbanco que abrigou no térreo o Banco Industrial e Comercial do Sul [substituído na sequencia pelos bancos Sulbrasileiro (1972), Meridional (1985) e Santander (2000)], conforme pode se constatar no registro abaixo. Na volta da Praça Coronel Pedro Osório o primeiro a ser construído foi o Hotel Rex em 1952. 
Na foto pode se ver a fachada do Teatro Sete de Abril e a construção do Edifício José Del Grande (a esquerda do terreno).

Fonte das informações: O PAPEL DO COMÉRCIO NA PRODUÇÃO DA CENTRALIDADE EM PELOTAS - RS por ANDRÉ PINHO PETER, RIO GRANDE, 2010



Na placa lê-se: Edifício "SULBANCO" Futura sede da Agência do Banco Industrial e Comercial do Sul S/A. Fonte foto: YUNES, G. Cidades Reticuladas: a persistência do modelo na formação urbana do Rio Grande do Sul. São Paulo: FAU/USP, 1995 (Tese de Doutorado). 
Em outro registro, logo abaixo, podemos ver os prédios vizinhos do Theatro Sete de Abril e que antecederam os Edifícios José del Grande (esquerda Hotel Brazil, antes do hotel foi ali a sede da primeira câmara de vereadores) e Sulbanco (direita segunda câmara de vereadores).

Fachada do Teatro Sete de Abril logo após 1916, quando houve mudança na sua fachada. 





Fonte fotos da câmera: http://www.camarapel.rs.gov.br/historia/historia-da-camara/

7 de ago. de 2017

Pelotas no Concurso Miss R. G. do Sul com Vera Menezes em 1961



Miss Rio Grande do Sul 1961 foi a 8ª edição do tradicional concurso de beleza feminino de Miss Rio Grande do Sul, válido para a disputa nacional de Miss Brasil, único caminho para o Miss Universo. Participaram da competição apenas treze (13) candidatas municipais no teatro Guarany,  em busca do título que pertencia à pelotense, Edda Logges, vencedora do título no ano anterior.

Disputaram o título este ano:

Caxias do Sul - Walkiria Kelsch
Guaíba - Ieda Riggel
Lagoa Vermelha - Célia Barreto da Costa
Montenegro - Marta Pereira Horn
Novo Hamburgo - Sara Mattes
Pinheiro Machado - Darlene Alves de Souza
Pelotas - Vera Maria Brauner Menezes
Porto Alegre - Maria Helena Rudiger
Santa Maria - Hilda Helena Pretto
Santana do Livramento - Lenir Thomaz Ribeiro
São Leopoldo - Nildete dos Santos
Uruguaiana - Thais Orcy Varela
Vacaria - Irlene Maria Alves Paim


A Campeã!

Vera Maria Braunner de Menezes, Miss Laranjal Praia Clube, Miss Pelotas, Miss RS, Miss Brasil e Vice-Miss Beleza Internacional.
A pelotense foi eleita Miss Rio Grande do Sul e conquistou o Miss Brasil 1961, o concurso foi realizado no Rio de janeiro, então capital do estado da Guanabara. A mineira Stael Maria da Rocha Abelha, que havia sido eleita, renunciou a coroa de Miss Brasil devido aos ciúmes do namorado. Após a conquista, Vera foi representar o Brasil no Miss Beleza Internacional em Long Beach, nos Estados Unidos onde conquistou a segunda colocação, perdendo somente para a holandesa Stam Van Baer. Após isso, foi convidada a ficar nos EUA e tentar a carreira de atriz. Mas acabou recusando por causa da distância, da família e de João Roger Damé, seu noivo e namorado desde os 12 anos de idade, com quem se casou em janeiro de 1963.

Texto Wikipédia

Vídeo cedido por:
 Cristina Fabião e TV UCPel

Agradecimento a Piero Vicenzi

3 de ago. de 2017

A cara das Lojas Renner nos anos 80

Fachada da Lojas Renner em Pelotas, nos anos 80, quando o grupo só atuava no sul do Brasil e vendia de tudo: de móveis a eletrodomésticos, o conceito mudaria na década de 90. 
No link da fonte falam que a foto seria dos anos 70, porém como sabemos, e podemos constatar o calçadão já existia, então a foto nos remete uma época pós 1981, quando o calçadão foi inaugurado.

Foto postada no link http://epocanegocios.globo.com/Empresa/noticia/2016/09/o-cara-e-cara-da-renner.html

"Fundada pelo empresário gaúcho Antonio Jacob Renner em 1965, a empresa estabelecida no nicho de vestuário foi incorporando perfumaria, acessórios, móveis e eletrodomésticos em seu portfólio. Naquela época, seu capital já era negociado na bolsa de valores. A Renner pegaria carona no boom do crescimento econômico dos anos 70 e também na popularidade que ganhariam no Brasil as lojas de departamento – como a Mesbla e o Mappin. O modelo, contudo, entraria em xeque na década posterior, com a desvalorização do real, o aumento da taxa de juros e a alta da inflação. Em paralelo, o mercado de moda sofria com a informalidade e a dificuldade na importação."
Fonte: http://epocanegocios.globo.com/Empresa/noticia/2016/09/o-cara-e-cara-da-renner.html 

31 de mai. de 2017

3ª Fenadoce - 9 a 18 de novembro de 1990


A 3ª Fenadoce foi realizada na Associação Rural de Pelotas no período de 9 a 18 de novembro de 1990.
Tendo como comissão organizadora, formada por representantes das Associações Comercial e Rural, Centro das Indústrias, Clube de Diretores Lojistas e Prefeitura Municipal, nesta 3ª edição da festa, o público que se fez presente encontrava nas dependências da feira 52 estandes do recanto das doceiras, 20 de artesanato criativo, 10 de pequenas doceiras da rua do doce, 50 expositores do Uruguai, Argentina e Chile, 60 estandes no pavilhão central com empresas de diversos segmentos, 70 espaços de 150 m² cada um, com expositores dos mais diversos setores da economia.
O objetivo da festa foi buscar o reconhecimento da região como pólo da Indústria da Alimentação Brasileira.
Paralelo a Fenadoce, eram desenvolvidas outras atividades, como o 1° Fórum de Tecnologia de alimentos do Cone Sul, Kerb, II Encontro Regional de Administração, Sistemas e Métodos e 5° Encontro de Docentes de Organização e Métodos do RS, Campeonato Internacional de Golfe, 1° Encontro Estadual de Sindicatos Patronais do Comercio do RS, Meeting Internacional de Vela, Provas de Kart, Bicicross, Autocross e Motocross e Grande Prêmio Fenadoce Turfe.
O coordenador da comissão organizadora da 3ª Fenadoce, Renzo Antonio,
afirmou: “O que é preciso é união, para organizar uma festa de grande porte como a 3° Fenadoce, e assimilar as conseqüências. Acredito que Pelotas volte a crescer.” Renzo também lembrou que a Fenadoce estava contribuindo para o crescimento da região. Os hoteleiros elogiaram a comissão da 3ª Fenadoce, acreditando estar confirmado o loteamento dos estabelecimentos, inclusive através de visitantes de outros estados.
Não faltaram reclamações sobre a dificuldade de acesso ao Parque e a falta de infra-estrutura para os expositores externos, durante o primeiro dia. Entre as críticas “Enfrentamos uma série de problemas em função da chuva torrencial que caiu no 1° dia. Não houve tempo para executar a finalização das obras do parque, o que gerou descontentamento. O tapume ao redor da lona onde são realizados os shows também não foi concluído e algumas pessoas acabaram entrando gratuitamente”, destacou Ronei da Silva, integrante da comissão organizadora.
Henrique Feijó, coordenador executivo achou relativamente bom o movimento de visitantes na festa, já que a abertura havia ocorrido às 18 horas e a chuva era intensa. Outro problema enfrentado durante a 3ª Fenadoce, ocorreu no 5° dia de festa, onde as abelhas invadiram o parque atraídas pelo açúcar. As abelhas atrapalharam as doceiras, que esperavam a pulverização e ficaram preocupadas com a contaminação. As doceiras se tranqüilizaram ao saberem que o produto tinha fiscalização da Associação dos Apicultores e o problema foi então resolvido.
Os promotores aguardavam o público, sendo esperadas oito mil pessoas, mas que até então não haviam ultrapassado as 3.500. Ronei Silva afirmou que nos quatro primeiros dias 60 mil pessoas visitaram a feira, e que o público ficou abaixo da expectativa, comprovando que a população esta realmente sem dinheiro.
Outro problema enfrentado na 3ª edição, ocorreu no domingo onde houve
vazamento de pessoal”, o que significa que muita gente entrou sem pagar, utilizando se de credencial de outras pessoas. O problema foi resolvido através da apresentação da carteira de identidade junto aos crachás.
Foram feitas denúncias de que a Prefeitura estaria vendendo ingressos para
shows da Fenadoce pela metade do preço. A comissão organizadora surpreendeu-se com a notícia, achando impossível que tal fato estivesse ocorrendo.
No sétimo dia de festa uma notícia foi dada durante o 1° Fórum de Tecnologia de alimentos do Cone Sul, de que a Fenadoce poderia se transformar em Feira Internacional da Alimentação de Tecnologia de Alimentos do Cone Sul.
Buscaram uma maior divulgação da festa ao entregarem folhetos na rodoviária, e o preço também diminuiu, pois a chuva prejudicou um pouco o evento.
No último dia de festa foi então decidido que aconteceria a festa novamente no próximo ano.



Texto extraído Trabalho Acadêmico “FENADOCE: CULTIVANDO E DIVULGANDO O PATRIMÔNIO DE PELOTAS” de Taíza Corrêa Schmidt Triarca. 2008