Foto de Gilmar Ruas no Jockey Club de Pelotas - 1980
Na foto: Dumith (falecido) / Brigadeiro Homero Souto Oliveira (esposo de Iolanda) / ( ? ) / Iolanda Pereira, a primeira e eterna Miss Universo / ( ? ) / Jornalista Clayton Rocha.
Orador da festa de 50 anos de Miss Universo da Iolanda Pereira foi o desembargador Silvino Joaquim Lopes Neto, e o prefeito de Pelotas em exercício no azo Arion Louzada, já que Irajá Andara Rodrigues não encontrava-se na cidade, por motivo de viagem oficial. A solenidade aconteceu no Salão Nobre do Suntuoso Hipódromo da Tablada, o maior e mais belo de todo interior brasileiro e algumas capitais, que o turfe é atração.
Iolanda Pereira nasceu em Pelotas/RS, em 16 de outubro de 1910, sendo eleita a 1ª Miss Universo em 08 de setembro de 1930, em concurso realizado no Uruguai.
Ela faleceu em 04 de setembro de 2001, com 90 anos, 9 meses e 24 dias de idade, faltou um mês e 12 dias para os 91 anos de idade, no Rio de Janeiro, por insuficiência múltipla. Na conjuntura do concurso por ser vitrice foi galardoada com 100 mil contos de réis, um carro esportivo e um terreno em São Conrado no Rio de Janeiro. Naqueles evos não era permitido maquiagens e plásticas, valia apenas a beleza estreme e original, e, deveras, era muito bonita. E por ter Pelotas vencido inúmeros concursos de beleza, a cidade ficou reconhecida internacionalmente como a Capital da Mulher Bonita, tal hodiernamente a Capital do Doce. Iolanda Pereira era casada com o oficial da Aeronáutica, o Brigadeiro Homero Souto Oliveira.
OS PROGRAMAS DO GP PRINCESA DO SUL, ESTE AQUI O DE 1953, VENCIDO POR DANSARINO,
RAZÃO DESSA PROPAGANDA TODA, ERA O QUE SIGNIFICAVA O TURFE, NA ESFERA SOCIAL DO
MUNICÍPIO DE PELOTAS, ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL E DO BRASIL NO PASSADO. ERA
UMA TRADIÇÃO EM POPULARIDADE, ATÉ MESMO NO EXTERIOR, A PROVA MAGNA TURFEANA DE
PELOTAS, NO MAJESTOSO HIPÓDROMO DA TABLADA DE ENTÃO. - FONTE.: - PAULO FISS -
DOMINGO 03.07.2016 - 22:36
"O processo migratório que se instituiu no futebol contribuiu para que os principais times da região misturassem jogadores procedentes do próprio clube com os que iniciaram nos times menores de bairros e vilas e outros que vinham de fora da cidade. As equipes de Pelotas, ao mesmo tempo que aproveitavam os jogadores oriundos de times menores da região, também importavam e exportavam jogadores para Porto Alegre, Rio de Janeiro, São Paulo, Uruguai e Argentina. Após a consolidação do profissionalismo, que na região de Pelotas ocorreu somente em meados dos anos 40, intensificou-se a saída de craques da região para as equipes maiores. Conhecedores da situação proporcionada pela profissionalização, muitos jogadores migraram em busca de melhores contratos. Mesmo afastados da cidade, muitos jogadores permaneceram vivos na memória daqueles que compartilharam do início de suas carreiras. Resistindo ao tempo, os jogadores que alcançaram um sucesso maior chegando às grandes equipes do País, tornaram-se ícones na lembrança dos mais antigos e passaram a fazer parte da cultura futebolística da cidade."Fonte: Nomadismo e miscigenação no futebol pelotense por Luiz Carlos Rigo, em http://www.seer.ufrgs.br/Movimento/article/download/2815/1430, acessado em 9.9.2015.
Luis Carlos Fernandes Freitas pelo Flamengo
Um dos ícones "na memória dos mais antigos dentro da cultura futebolística pelotense" como diz Luiz Carlos Rigo em seu texto, extraído do trabalho chamado "Nomadismo e miscigenação no futebol pelotense", é o zagueiro central, Luis Carlos Fernandes Freitas, nasceu em Pelotas em 24 de junho de 1937, iniciou sua carreira no Xavante, onde ficou por um ano e foi transferido para o Farroupilha, clube de onde jogava quando foi convocado para que representar a C.B.D no Pan-Americano de Costa-Rica (III Campeonato Pan-Americano, em 1960), infelizmente não pode participar, pois foi diagnosticado com apendicite. Do Farroupilha, onde atuou por 4 anos, saiu direto ao Flamengo, onde seu passe custou 6 milhões de Cruzeiros, a maior transação do futebol gaúcho até tal momento, pelo Cel. Plácido Nogueira (ver nota 1). No Flamengo foi Zagueiro entre 1962 e 1967, sua estréia foi em 4 de abril de 1962 (Flamengo 1x3 Seleção da Itália), fez 144 jogos e não marcou gols. No time Carioca formou a zaga na reta final
do Campeonato Carioca de 1963, quando o rubro-negro
conquistou seu 14º título estadual. Em 1962 já havia participado do Torneio Triângular da Tunísia onde o Flamengo se consagrou campeão. Em 1964 ganhou o Troféu Naranja, competição realizada desde 1959 na cidade de Valência, Espanha, no Estádio Mestalla. É um dos diversos torneios amistosos de verão que ocorrem na Europa. O Sr. Luis Carlos viajou o mundo com Flamengo e registrou vários momentos, vindo a falencer em Pelotas no ano de 2004.
O zagueiro do Flamengo em entrevista a uma revista da época.
Luis Carlos Fernandes Freitas Campeão da Guanabara (1963)
Luis Carlos Fernandes Freitas em viajem pelo Flamengo na Holanda (03.03.1964)
Imagens de Flamengo x Fluminense - Campeonato Carioca 1963 onde o Sr. Luis Carlos participou.
Nota 1 - Plácido Nogueira, nascido em 1912, foi general do exército. Assíduo dirigente do Grêmio Atlético Farroupilha e torcedor fanático do time. Desde que chegou à Pelotas, em 1933, passou a fazer parte do clube do "militares" na função de Tesoureiro, como ele mesmo dizia, "foi de tudo ali". Presidente por 15 anos. A última vez foi em 1960. Fonte: Nomadismo e miscigenação no futebol pelotense por Luiz Carlos Rigo, em http://www.seer.ufrgs.br/Movimento/article/download/2815/1430, acessado em 9.9.2015 Fontes:
Fotos e informações do Sr. Luis Carlos Fernandes Freitas através de Maria Cristina Freitas Silva (Filha), Paulo César Dos Santos Silva (Genro) e Cristiano Ferraz Freitas (Filho);
Nomadismo e miscigenação no futebol pelotense por Luiz Carlos Rigo, em http://www.seer.ufrgs.br/Movimento/article/download/2815/1430, acessado em 9.9.2015;
http://flapedia.com.br;
Quem tiver informações para esta postagem pode deixar seu depoimento ou enviar e-mail para preteritaurbe@hotmail.com
O Jockey Club de Pelotas foi fundado em 22 de junho de 1930 por um grupo de amantes do turfe que criou a Associação Jockey Club de Pelotas. A entidade, de caráter civil, nasceu pela liderança do coronel Zeferino Costa Filho e tinha como objetivo promover o melhoramento do puro sangue inglês (PSI). A data da fundação foi marcada por assembleia nos salões do Clube Comercial com a presidência de Joaquim Francisco Assis Brasil que palestrou falando ao público presente sobre as vantagens sociais, morais, culturais e esportivas da criação de cavalos. Na mesma assembleia foi eleita uma comissão provisória para estudar o projeto dos Estatutos e Código de Corridas. Uma semana depois aconteceu uma nova assembleia, onde definiram a primeira diretoria, presidida por Flávio de Souza e que teve como missão dar os primeiros passos para consolidação da entidade. No dia 22 de junho de 1932 foi eleita a segunda diretoria, liderada pelo médico José Inácio do Amaral que lançou a pedra fundamental do pavilhão (19 de setembro de 1933) do JCP e foi responsável pela demarcação das pistas e nivelamento do terreno, dando início a obra do hipódromo. Durante este mandato foram realizadas as carreiras rasas que com o apoio do Coronel Zeferino Costa foram oficializadas.
A diretoria seguinte assumiu em junho de 1934 e teve a frente o cirurgião Ariano Requião de Carvalho, responsável pela implantação dos páreos clássicos e da construção do pavilhão central que foi inaugurado em dezembro daquele ano.
E foi em março de 1936 que nasceu o Grande Prêmio Princesa do Sul com a premiação de 20 mil réis para o primeiro colocado. Naquela época o sucesso foi tamanho que o evento bateu recorde de apostas no Rio Grande do Sul. Durante longos anos o JCP foi palco das relações de sociabilidade da elite pelotense do século XIX. Era o local de lazer mais frequentado pela sociedade desta época nas tardes de domingo. Em seus tempos áureos chegou a ter 1,2 mil sócios. O Grande Prêmio Princesa acabou por se tornar a mais tradicional corrida do interior do Estado, com uma média de público de 15 mil espectadores a cada edição.
Fonte do texto acima: http://www.jcpelotas.com.br/index.php/o-clube/historia
O ano é 1962, no majestoso Hipódromo da Tablada, em tarde de GP Princesa do Sul,
sendo ovante o tordilho LORD CHANEL, franco favorito do publico apostador,
enormes filas nos guichês de apostas. O menino é Paulo B. Fiss, enquanto os dois
de chapéu, o de camisa branca é Humberto Santos, já o outro chamavam por
Pózinho, e ainda o senhor Andrade, todos já falecidos e por incrível que pareça,
os dois primeiros, por acidente de automóvel ao atravessarem a rua, Humberto na
avenida Salgado Filho, enquanto o outro na avenida Argentina, atualmente
Fernando Osório, nas imediações da Praça 1º de Maio, cógnita por Praça do
Colono. Foto e texto: PAULO B. FISS
Em Jockey Club de Pelotas, Hipódromo da Tablada, em março de 1961, efeméride do
Grande Prêmio Princesa do Sul, saindo-se laurícomo o cavalo argentino STAR
MARON, tendo a frente debruçados na tela os amigos: Vargas de chapéu Panamá,
Lindolpho Longchamp ao centro e Frederico Fiss Filho. Épocas áureas do turfe
pelotense, com hipódromo lotado e mais de 20 mil pessoas nas dependências, coisa
que não voltam mais. Foto e texto: PAULO B. FISS
Chegada do Grande Prêmio Princesa do Sul /1969 vencido pelo cavalo castanho
GOBELIN por fora, e ficando em 2º KING TWIST o tordilho, que tiveram um linheiro
final de 600 metros cabeça a cabeça, até o postremo galão, cruzando o disco de
sentença, praticamente igualados, tudo indicando que estariam empatados, mas na
revelação do "photochard" de Glaiton Ruas, por escassa margem vence Gobelin por
ponta de focinho, cavalo este que pela única vez consegue vencer King Twist,
dentre todas as competições que correram juntos, e num final emocionante, pleno
de muitas ovações entre o público mirone e apostador. Páreo inesquecível para
quem assistiu esta prova magna do turfe pelotense. Foto e texto: PAULO B. FISS
Grande Prêmio Princesa do Sul
Grande Prêmio Princesa do Sul é o evento turfístico mais importante do Jockey Club de Pelotas, e é disputado no Hipódromo da Tablada em pista de areia solta, desde sua primeira realização. Reúne cavalos thoroughbred de três anos e mais idade. Inscrevem-se animais em campanha no Brasil, e, pela proximidade geográfica, Uruguai e Argentina, sendo para muitos destes animais a porta de entrada para o Brasil. Entre os ganhadores estão animais de campanha clássica e futuros reprodutores.
A primeira disputa ocorreu em 1936, na distância de 2.450m, sendo vencedor o uruguaio Cabileño. De lá para cá, apenas não foi realizado em apenas duas ocasiões, 1968, em virtude de interrupção do trânsito de equinos no Brasil e em 2010. Atualmente é disputado em 2.200 metros.
Imagem 1: Raia do Hipódromo da Tablada em 1972 - Jockey Club de Pelotas - fundado em 22 de junho de 1930. - Ao fundo vê-se o Bairro Cohab Tablada recém inaugurado - Vila Bom Jesus - Avenida São Francisco de Paulo ainda em Chão batido - Vila Carpena e adiante a zona da Baronesa na avenida Domingos de Almeida. Foto enviada por Paulo Borges Fiss.
Imagem 2: Reta de 635 metros do Hipódromo da Tablada/1972. - Jockey Club de Pelotas. Foto enviada por Paulo Borges Fiss.
Em uma postagem do site "História do Futebol" em 2010, o Sr. Antônio Mario Ielo postou uma foto que fotocopiou do livro "Rio Grande do Sul Sportivo" de 1917 na biblioteca em Porto alegre, na qual se encontra a foto da equipe do Ideal de Pelotas(GSI).
O segundo
campeonanto gaúcho em 1920, foi disputado por regiões como o
primeiro, tendo os campeões das 4 regiões realizando as finais. A
3ª região não inscreveu nenhum clube.
O Gremio
Sportivo Ideal disputou a fase regional, pela 2ª Região, com os
clubes SC São Paulo de Rio Grande e o Guarany de Bagé, campeão
Gaúcho deste ano.
Ainda na página do site "História do Futebol" o Sr. José Ricardo Almeida comenta:
"O livro
“O Futebol em Pelotas”, de Eliseu de Mello Alves, assim fala do
Ideal: “Devido após uma dissidência desta feita no S. C.
Tiradentes, fundou-se aqui (Pelotas), a 6 de maio de 1912, o Grêmio
Sportivo Ideal, com as cores preta e amarela. Ficando a sua diretoria
assim constituída: Manoel Pereira das Neves, presidente; Antônio de
Oliveira Monteiro Jr., vice; …” O Ideal foi campeão pelotense
nos anos de 1920 e 1922. Nas duas vezes que disputou a Fase Regional
do Campeonato Gaúcho, foi eliminado pelos times de Bagé (Guarany e
Bagé, nesta ordem)."
“Segundo vários sites, o Araguari Atlético Clube (MG) é considerado o primeiro clube do Brasil a formar um time feminino, que em meados de 1958, selecionou 22 meninas para um jogo beneficente.
O sucesso desta partida foi grande que a revista “O Cruzeiro” fez matéria de capa sobre o acontecimento, pois até então, partidas femininas só ocorriam em circos ou jogos de futsal. Em meados de 1959 a equipe feminina do Araguari foi desfeita, por pressão dos religiosos de Minas Gerias. Porém em Pelotas, muito antes, no ano de 1950, existiam dois times de futebol, e bem organizados: Corintians F.C e Vila Hilda F.C.
Essa, sem dúvida é a prova que Pelotas foi totalmente inovadora no que se refere ao futebol feminino, porém não usa muita, ou não usa nada, para promover a cidade como percussora.
No dia 23 de novembro de 1950, O Conselho Nacional de Desportos, em nota oficial anunciou a proibição de jogos de football feminino em todo país. Segundo a nota, aquele esporte não combinava com a formação física do “belo sexo”.
Fonte: Jornal Diário Popular, 13 jul. 1950./ "NOTAS ACERCA DO FUTEBOL FEMININO PELOTENSE EM 1950:UM ESTUDO GENEALÓGICO"
Essa atitude conservadora, provavelmente explique, com os seus reflexos, a distância entre o sucesso do futebol masculino e o feminino no Brasil. A notícia foi estarrecedora, e acabaram com todo o processo de crescimento dos times pelotenses, já estavam confirmados jogos em São Paulo e Rio de Janeiro”.
Reprodução do jornal Folha da Tarde - Edição esportiva - Porto Alegre, 9 de setembro de 1950
Madalena Palombo Pruss, jogadora do Corintians F.C
Graças a fotografia e ao Sr. Nelcy Jambeiro (pai) temos dois momentos mágico do esporte de Pelotas registrados. A primeira foto mostra a partida entre Farroupilha e Brasil no campo do Bancário em 1954. A segunda foto também de Nelcy Jambeiro é torcida do Grêmio Atlético Farroupilha provavelmente da mesma década.
Farroupilha e Brasil no campo do Bancário em 1954. Acervo Nelci Jambeiro (Filho).
Torcida do Grêmio Atlético Farroupilha.Acervo Nelci Jambeiro (Filho).