10 de jul. de 2015

Reminiscências do Jockey Club de Pelotas Parte 2

História do Jockey Club de Pelotas


O Jockey Club de Pelotas foi fundado em 22 de junho de 1930 por um grupo de amantes do turfe que criou a Associação Jockey Club de Pelotas. A entidade, de caráter civil, nasceu pela liderança do coronel Zeferino Costa Filho e tinha como objetivo promover o melhoramento do puro sangue inglês (PSI). A data da fundação foi marcada por assembleia nos salões do Clube Comercial com a presidência de Joaquim Francisco Assis Brasil que palestrou falando ao público presente sobre as vantagens sociais, morais, culturais e esportivas da criação de cavalos. Na mesma assembleia foi eleita uma comissão provisória para estudar o projeto dos Estatutos e Código de Corridas. Uma semana depois aconteceu uma nova assembleia, onde definiram a primeira diretoria, presidida por Flávio de Souza e que teve como missão dar os primeiros passos para consolidação da entidade. No dia 22 de junho de 1932 foi eleita a segunda diretoria, liderada pelo médico José Inácio do Amaral que lançou a pedra fundamental do pavilhão (19 de setembro de 1933) do JCP e foi responsável pela demarcação das pistas e nivelamento do terreno, dando início a obra do hipódromo. Durante este mandato foram realizadas as carreiras rasas que com o apoio do Coronel Zeferino Costa foram oficializadas.

A diretoria seguinte assumiu em junho de 1934 e teve a frente o cirurgião Ariano Requião de Carvalho, responsável pela implantação dos páreos clássicos e da construção do pavilhão central que foi inaugurado em dezembro daquele ano.

E foi em março de 1936 que nasceu o Grande Prêmio Princesa do Sul com a premiação de 20 mil réis para o primeiro colocado. Naquela época o sucesso foi tamanho que o evento bateu recorde de apostas no Rio Grande do Sul. Durante longos anos o JCP foi palco das relações de sociabilidade da elite pelotense do século XIX. Era o local de lazer mais frequentado pela sociedade desta época nas tardes de domingo. Em seus tempos áureos chegou a ter 1,2 mil sócios. O Grande Prêmio Princesa acabou por se tornar a mais tradicional corrida do interior do Estado, com uma média de público de 15 mil espectadores a cada edição.
Fonte do texto acima: http://www.jcpelotas.com.br/index.php/o-clube/historia


O ano é 1962, no majestoso Hipódromo da Tablada, em tarde de GP Princesa do Sul, sendo ovante o tordilho LORD CHANEL, franco favorito do publico apostador, enormes filas nos guichês de apostas. O menino é Paulo B. Fiss, enquanto os dois de chapéu, o de camisa branca é Humberto Santos, já o outro chamavam por Pózinho, e ainda o senhor Andrade, todos já falecidos e por incrível que pareça, os dois primeiros, por acidente de automóvel ao atravessarem a rua, Humberto na avenida Salgado Filho, enquanto o outro na avenida Argentina, atualmente Fernando Osório, nas imediações da Praça 1º de Maio, cógnita por Praça do Colono. Foto e texto: PAULO B. FISS


Em Jockey Club de Pelotas, Hipódromo da Tablada, em março de 1961, efeméride do Grande Prêmio Princesa do Sul, saindo-se laurícomo o cavalo argentino STAR MARON, tendo a frente debruçados na tela os amigos: Vargas de chapéu Panamá, Lindolpho Longchamp ao centro e Frederico Fiss Filho. Épocas áureas do turfe pelotense, com hipódromo lotado e mais de 20 mil pessoas nas dependências, coisa que não voltam mais. Foto e texto: PAULO B. FISS


Chegada do Grande Prêmio Princesa do Sul /1969 vencido pelo cavalo castanho GOBELIN por fora, e ficando em 2º KING TWIST o tordilho, que tiveram um linheiro final de 600 metros cabeça a cabeça, até o postremo galão, cruzando o disco de sentença, praticamente igualados, tudo indicando que estariam empatados, mas na revelação do "photochard" de Glaiton Ruas, por escassa margem vence Gobelin por ponta de focinho, cavalo este que pela única vez consegue vencer King Twist, dentre todas as competições que correram juntos, e num final emocionante, pleno de muitas ovações entre o público mirone e apostador. Páreo inesquecível para quem assistiu esta prova magna do turfe pelotense. Foto e texto: PAULO B. FISS


Grande Prêmio Princesa do Sul


Grande Prêmio Princesa do Sul é o evento turfístico mais importante do Jockey Club de Pelotas, e é disputado no Hipódromo da Tablada em pista de areia solta, desde sua primeira realização. Reúne cavalos thoroughbred de três anos e mais idade. Inscrevem-se animais em campanha no Brasil, e, pela proximidade geográfica, Uruguai e Argentina, sendo para muitos destes animais a porta de entrada para o Brasil. Entre os ganhadores estão animais de campanha clássica e futuros reprodutores.


A primeira disputa ocorreu em 1936, na distância de 2.450m, sendo vencedor o uruguaio Cabileño. De lá para cá, apenas não foi realizado em apenas duas ocasiões, 1968, em virtude de interrupção do trânsito de equinos no Brasil e em 2010. Atualmente é disputado em 2.200 metros.


1 de jul. de 2015

Jockey Club de Pelotas Parte I

Imagem 1: Raia do Hipódromo da Tablada em 1972 - Jockey Club de Pelotas - fundado em 22 de junho de 1930. - Ao fundo vê-se o Bairro Cohab Tablada recém inaugurado - Vila Bom Jesus - Avenida São Francisco de Paulo ainda em Chão batido - Vila Carpena e adiante a  zona da Baronesa na avenida Domingos de Almeida. Foto enviada por Paulo Borges Fiss.
Imagem 2: Reta de 635 metros do Hipódromo da Tablada/1972. - Jockey Club de Pelotas. Foto enviada por Paulo Borges Fiss.

30 de jun. de 2015

Gremio Sportivo Ideal de Pelotas

Em uma postagem do site "História do Futebol" em 2010, o Sr. Antônio Mario Ielo postou uma foto que fotocopiou do livro "Rio Grande do Sul Sportivo" de 1917 na biblioteca em Porto alegrena qual se encontra a foto da equipe do Ideal de Pelotas (GSI)
O segundo campeonanto gaúcho em 1920, foi disputado por regiões como o primeiro, tendo os campeões das 4 regiões realizando as finais. A 3ª região não inscreveu nenhum clube.
O Gremio Sportivo Ideal disputou a fase regional, pela 2ª Região, com os clubes SC São Paulo de Rio Grande e o Guarany de Bagé, campeão Gaúcho deste ano.


Ainda na página do site "História do Futebol" o Sr. José Ricardo Almeida comenta:

"O livro “O Futebol em Pelotas”, de Eliseu de Mello Alves, assim fala do Ideal:
“Devido após uma dissidência desta feita no S. C. Tiradentes, fundou-se aqui (Pelotas), a 6 de maio de 1912, o Grêmio Sportivo Ideal, com as cores preta e amarela. Ficando a sua diretoria assim constituída: Manoel Pereira das Neves, presidente; Antônio de Oliveira Monteiro Jr., vice; …”
O Ideal foi campeão pelotense nos anos de 1920 e 1922. Nas duas vezes que disputou a Fase Regional do Campeonato Gaúcho, foi eliminado pelos times de Bagé (Guarany e Bagé, nesta ordem)."


Fonte: http://cacellain.com.br/blog/?p=10170#comments

29 de jun. de 2015

Livraria Universal de Pelotas

As imagens 1 e 2 abaixo são do acervo de Flávio Moreira dos Santos (em memória), que era um apaixonado pelas histórias das cidades do Rio Grande do Sul e desde os anos 50 vinha fotografando as cidades gaúchas que visitou, que foram quase todas. Estas fotografias encontram-se no Instituto Histórico e Geográfico de Capão do Leão, aqui postadas graças ao Sr. Arthur H., pesquisador da cidade de Capão Do Leão, que mostra registros, talvez o único de perto e rico em detalhes, da fachada da Livraria Universal na Rua Quinze de Novembro esq Sete de Setembro (Esquina "22") como na imagem 2. Fundada em 7 de dezembro de 1887 e que, logo depois, abriu filiais em Porto Alegre e Rio Grande. Em 1908, é feita a separação da sociedade entre Guilherme Echenique e seu irmão Carlos Echenique, ficando Carlos com a filial de Porto Alegre e Guilherme com a matriz em Pelotas, agora em sociedade com outro irmão seu, João Simões Lopes Neto. A livraria lançou diversos autores gaúchos, como de seu primo, João Simões Lopes Neto, Luís Araújo Filho, Lobo da Costa, Julieta de Melo Monteiro, Carlos von Koseritz. A partir de 1920 a livraria ficou nas mãos dos sobrinhos de Guilherme, que passou a dedicar-se exclusivamente à pecuária. A imagem 3 é do livro "Pelotas no centenário 1822 - 1922" do editor Clodomiro C Carriconde, reprodução do livro que pertenceu a Jacy dos Santos Silva e atualmente encontra-se no Instituto Histórico e Geográfico de Capão do Leão.
A livraria Universal foi fundada 12 anos depois da Livraria Americana, que foi fundada em 1875 de propriedade de Carlos Pinto & Cia, as duas faziam grande concorrência.

"Na foto da Universal pode-se distinguir — numa inscrição horizontal em cor clara, abaixo da cobertura da esquina — o lema da livraria: SINE LABORE NIHIL (Sem trabalho, nada se consegue)." (Blog Pelotas cultural)



Hoje neste local encontra-se a Doçaria Pelotense, Loja Franco Giorge e Loja Naftalina.



Referências:

- SPALDING, Walter. Construtores do Rio Grande. Livraria Sulina, Porto Alegre, 1969, 3 vol., 840pp.;
- Wikipedia.org;

- Blog Pelotas cultural em http://pelotascultural.blogspot.com.br/2012/06/esquina-22-ha-cem-anos.html
http://www.vivaocharque.com.br/

Imagens 1,2 e 3 reproduzidas por Arthur H Capão Do Leão



Imagem 1: Livraria Universal de Pelotas Rua Quinze de Novembro esq Sete de Setembro
Imagem 2: Parte da fachada da Livraria Universal


Imagem 3: Reprodução do livro que pertenceu a Jacy dos Santos Silva e atualmente encontra-se no Instituto Histórico e Geográfico de Capão do Leão.

Imagem 4: Reprodução do Google Earth
Imagem 5: Ao fundo à direita, o bonde de dois andares que fazia a linha Fragata, atravessando pela rua Mal.Floriano. A foto é uma reprodução de um cartão postal impresso  pela Livraria Universal, de Echenique & Cia.  Reprodução de foto do Site http://www.vivaocharque.com.br/.




Imagem 6: Publicação da Livraria mundial "Almanach Popular Brazileiro" em 1898.

26 de jun. de 2015

O MATE DO JOÃO CARDOSO João Simões Lopes Neto


— A la fresca!… que demorou a tal fritada! Vancê reparou?
Quando nos apeamos era a pino do meio-dia... e são três horas, largas!... Cá pra mim esta gente esperou que as franguinhas se pusessem galinhas e depois botassem, para depois apanharem os ovos e só então bater esta fritada encantada, que vai nos atrasar a troteada, obra de duas léguas... de beiço!...
Isto até faz-me lembrar um caso.. . Vancê nunca ouviu falar do João Cardoso?... Não?... É pena.
O João Cardoso era um sujeito que vivia por aqueles meios do Passo da Maria Gomes; bom velho, muito estimado, mas chalrador como trinta e que dava um dente por dois dedos de prosa, e mui amigo de novidades.
Também... naquele tempo não havia jornais, e o que se ouvia e se contava ia de boca em boca, de ouvido para ouvido. Eu, o primeiro jornal que vi na minha vida foi em Pelotas mesmo, aí por 1851.
Pois, como dizia: não passava andante pela porta ou mais longe ou mais distante, que o velho João Cardoso não chamasse, risonho, e renitente como mosca de ramada; e aí no mais já enxotava a cachorrada, e puxando o pito de detrás da orelha, pigarreava e dizia:
— Olá! Amigo! apeie-se; descanse um pouco! Venha tomar um amargo! É um instantinho.... crioulo?!…
O andante, agradecido à sorte, aceitava… menos algum ressabiado, já se vê.
— Então que há de novo? (E para dentro de casa, com uma voz de trovão, ordenava:) Oh! crioulo! Traz mate!
E já se botava na conversa, falava, indagava, pedia as novas, dava as que sabia; ria-se, metia opiniões,
aprovava umas cousas, ficava buzina com outras...
E o tempo ia passando. O andante olhava para o cavalo, que já tinha refrescado; olhava para o sol que subia ou descambava… e mexia o corpo para levantar-se.
— Bueno! são horas, seu João Cardoso; vou marchando!…
— Espere, homem! Só um instantinho! Oh! crioulo, olha esse mate!
E retomava a chalra. Nisto o crioulo já calejado e sabido, chegava-se-lhe manhoso e cochichava-lhe no ouvido:
— Sr., não tem mais erva!…
— Traz dessa mesma! Não demores, crioulo!...
E o tempo ia correndo, como água de sanga cheia.
Outra vez o andante se aprumava:
— Seu João Cardoso, vou-me tocando… Passe bem!
— Espera, homem de Deus! É enquanto a galinha lambe a orelha!… Oh! crioulo!… olha esse mate, diabo!
E outra vez o negro, no ouvido dele:
— Mas, sr!… não tem mais erva!
— Traz dessa mesma, bandalho!
E o carvão sumia-se largando sobre o paisano uma riscada do branco dos olhos, como encarnicando...
Por fim o andante não agüentava mais e parava patrulha:
— Passe bem, seu João Cardoso! Agora vou mesmo. Até a vista!
— Ora, patrício, espere! Oh crioulo, olha o mate!
— Não! não mande vir, obrigado! Pra volta!
 Pois sim…, porém dói-me que você se vá sem querer tomar um amargo neste rancho. É um instantinho...
oh! crioulo!
Porém o outro já dava de rédea, resolvido à retirada.
E o velho João Cardoso acompanhava-o até a beira da estrada e ainda teimava:
— Quando passar, apeie-se! O chimarrão, aqui, nunca se corta, está sempre pronto! Boa viagem! Se quer esperar... olhe que é um instantinho... Oh! crioulo!…
Mas o embuçalado já tocava a trote largo.
Os mates do João Cardoso criaram fama… A gente daquele tempo, até, quando queria dizer que uma cousa era tardia, demorada, maçante, embrulhona, dizia — está como o mate do João Cardoso!
A verdade é que em muita casa e por muitos motivos, ainda às vezes parece-me escutar o João Cardoso, velho de guerra, repetir ao seu crioulo:
— Traz dessa mesma, diabo, que aqui o sr. tem pressa!...
— Vancê já não tem topado disso?…

Contos Gauchescos, de João Simões Lopes Neto
Fonte:


LOPES NETO, João Simões. Contos gauchescos. 9.ed., Porto Alegre : Martins Livreiro, 1998.  

20 de jun. de 2015

Registro da 1ª Bomba de Gasolina na Praça Coronel Pedro Osório



   Uma foto bem interessante, que como diz Ricardo de Assumpção no seu compartilhamento, inédita entre as fotos antigas de Pelotas. Que até o momento só tinha sido postada no perfil do Sr. Ricardo no Facebook, que no intuito de colaborar com a memória de Pelotas nos permitiu fazer a reprodução da mesma. Já postamos esta foto na fanpage Pretérita Urbe em 3 de fevereiro de 2015, agora reproduzimos no blog. Grato.
        Na rede social do Sr. Assumpção esta foto foi postada com o seguinte texto:

 "Na foto, entre as baixas árvores da Praça e os trilhos dos bondes, 6 carros posam para foto na inauguração da 1ª bomba de gasolina no ano de 1936, na Praça Coronel Pedro Osório, que assim já era intitulada, desde de 07 de março de 1931 quando o prefeito João Py Crespo homenageou o charqueador, agricultor e político de Caçapava do Sul, Pedro Luís da Rocha Osório."

Fonte texto e foto: Facebook sob permissão de Ricardo de Assumpção Osório Magalhães.

18 de jun. de 2015

Postais de Helmut Koettel de 1967




Os dois cartões postais acima estão datados de 1967, editados pela Paraná Cart de Curitiba/PR, as fotos são do fotografo Alemão radicado em Londrina Helmut Koettel. Existem outros postais de Pelotas com as fotos do Sr. Koettel, que provavelmente veio registrar o sul do Brasil para a Paraná Cart. Na internet encontra-se postais de Maringá da mesma época com o nome do fotografo.
No blog "Pausa para a neblina" em um post sobre a biografia do fotografo Haruo Ohara consta que Helmut Koettel em 1959 participou da comemoração do jubileu de prata de Londrina com exposição no 2° Salão de Arte Fotográfica da Biblioteca Pública Municipal, ao lado do próprio Haruo Ohara juntamente com Alcides de Mello, Augusto Galante, Francisco Sanches, Fedele Mioni e Minoru Takagi, entre outros. Alguns expoentes da moderna fotografia brasileira, como Eduardo Salvatori, Jean Lecocq, Marcel Giról, Roberto Yoshida e Rubens Scavone, também participam deste salão.

16 de jun. de 2015

Pelotas, tradição de mulher bonita


   


 " Várias pelotenses conquistaram títulos de beleza no Estado, País e exterior como vem a seguir: 
     Miss Rio Grande do Sul: Yolanda Pereira (1930), Ezilda da Silva Lisboa (1939), Edda Loges (1960), Tânia Oliveira (1958), Vera Maria Brauner Menezes (1961), Rejane Vieira Costa (1972) e Andréia Fetter Zambrano (1985); A mais Bela Gaúcha 1954: Cládis Carúccio; Primeira Miss TV Rio Grande do Sul: Andréia Fetter Zambrano; Miss Simpatia Rio Grande do Sul 1969: Marly Gomes de Oliveira; Miss Turismo Infanto Juvenil do Rio Grande do Sul 2000: Letícia Letzow e Silva; Senhorita Imprensa Rio Grande do Sul 1998: Kelly Abreu Machado; Miss Brasil Juvenil 1998: Gimene Vieira da Cunha; Miss Brasil: Yolanda Pereira, Rejane Vieira Costa (1972) e Vera Maria Brauner Menezes (1961); Miss Universo 1930: Yolanda Pereira (1930); Vice-Miss Beleza Internacional 1961: Vera Maria Brauner Menezes."
     Texto e fotos do livro Pelotas - Um dos melhores municípios Brasileiros para investimento de Leon Carlos Schwonke Ribeiro, UCPel, Educat, 2002. 106p.





Yolanda Pereira

Rejane Vieira Costa
Vera Maria Brauner Menezes
Tânia Oliveira
Cládis Carúccio
Ezilda da Silva Lisboa

Gimene Vieira da Cunha

Kelly Abreu Machado

Letícia Letzow e Silva

Andréia Fetter Zambrano

Edda Loges
 Marly Gomes de Oliveira



15 de jun. de 2015

Grande Hotel a bico de pena por Rosali Colares.

Outro trabalho da ilustradora riograndina Rosali Colares sobre a arquitetura pelotense. Desta vez foi o Grande Hotel. Bico de pena sobre papel Canson 240gm, tamanho A4. Este trabalho está a venda por R$ 180,00.
Em breve exposição em Pelotas.
Confira mais sobre a artista e seu trabalho em: http://humorzerocartum.blogspot.com.br/


9 de jun. de 2015

"Pelotas, cidade histórica de história esquecida" por Carlos Pinheiro Martins

Estamos nos aproximando de mais um Dia do Patrimônio, isso me leva a lembrar um comentário que fiz na minha rede social no ano passado, comentei sobre o nível de despreparo que nossa cidade tem para lidar com o nosso belo, histórico e importante patrimônio e isso não tem nenhuma ligação com governo A ou B, partido A ou B, é histórico, nossa história foi se perdendo e se deixando esquecer com o passar dos anos sem que nada seja feito de forma contundente.
Como todos sabem, Pelotas já foi comparada a Paris, Pelotas já foi dita como polo turístico, Pelotas é patrimônio histórico, quantas vezes narrada e cantada. Onde foi parar esses títulos? Na história que está sendo esquecida. Garanto que, se nunca essa importância houvesse sido deixada de lado, Pelotas seria um polo turístico tão importante para o Estado quanto é Gramado ou as cidades da serra. A história ta aí, os prédios históricos estão aí, mas não são aproveitados, poucos têm acesso para visitantes, poucos tem histórias conhecidas.
A própria cidade tem subsídios para mudar radicalmente isso, somos uma cidade universitária com cursos importantes como turismo, história, teatro e tantos outros. Imaginem o turista chegar na cidade e ser recepcionado por artistas, devidamente trajados como na época perambulando pela cidade, como se ainda estivessem por aqui os moradores da época, com convites para conhecer suas casas e estas estarem abertas para que pudessem ser visitadas e ouvirem historias sobre elas. Fazer uma rota turística por dentro da cidade em carro aberto ou histórico passando pelas casas, charqueadas, praças, praias, enfim por onde houver história a ser contada, que diga-se de passagem é toda a cidade. Lindo seria se Pelotas fosse uma grande cidade cenográfica, quantas pessoas viriam nos visitar tendo certeza de que estaria vindo para dar uma volta no passado, que interessante seria ver crianças brincando na praça com roupas e brinquedos de época sendo reparados por suas amas, como ocorria no passado. Alunos do teatro poderia suprir essa ideia, atores ensinados por alunos de história, ou esses acompanhando sempre para dar as informações, contar as histórias. Como seria atrativo e bonito termos personagens aristocratas sentados no mercado comendo um doce, tomando um chá conversando e convidando as pessoas para irem ao seu trabalho no Banco Pelotense. Depois de uma volta pelos prédios históricos do centro, poder ir, convidado por uma bela e elegante senhora a conhecer a sua casa e descobrir que essa senhora é a Baronesa e sua casa é o museu ou convidado por um Senhor a visitar sua charqueada e ele ir junto até lá contando histórias sobre como construiu coisas que passou e ir até a praia, sabendo como ela surgiu. Como seria emocionante encontrar nosso celebre Simões Lopes pela rua ou na biblioteca contando histórias sobre seus Contos. Porto Alegre enaltece a Quintana, Rio de Janeiro a Drummond e tantas outras, por que nós não? Enfim, como disse antes, uma grande cidade cenográfica, atrativa, a final já temos os cenários prontos, eles precisam e deveriam ser usados.
Alguns poderiam dizer que isso sairia caro, mas se bem embasado, se bem feito, se houver todos esses atrativos, será pago com prazer. Praticamente todos que viajam já sabem e contam que irão gastar e terão prazer em gastar se for por algo com retorno interessante, quantos divulgarão a seus amigos, "vá a Pelotas! é lindo, parece que você voltou no tempo, você é recebido pelos moradores das casas com roupas de época que contam histórias da época!", o Dia do Patrimônio está chegando, mais um ano em que eu irei revisitar os prédios, certamente encontrarei pessoas mal preparadas como guias, que não saberão contar histórias interessantes, apenas dirão o básico, o bem básico e muitas vezes o óbvio ou alguns absurdos. Lembro de que no ano passado ouvi que nosso Arroio São Gonçalo chamava-se Rio São Lourenço. Esse ano garanto que está perdido, mas quem sabe alguém com força para movimentar isso consiga preparar para o próximo ano, por favor, faria tão bem para nossa cidade. E por final, de nada adianta isso acontecer só nessa data, boa parte das pessoas têm apenas o final de semana para viajar e se decidem vir para Pelotas, o que encontram são fachadas, pois nada está aberto, nem mesmo a biblioteca, prefeitura, outros prédios públicos e nem mesmo o mercado abre no domingo, esse último que está lindo depois da reforma, mas não é mais um mercado com cara de mercado, não há mais bancas com muitos cheiros, com muitos produtos pendurados, frutas, temperos, aquele sentimento de "só tem no mercado". Quantas vezes vejo guias, que muitas vezes são ótimo e podiam ser melhor aproveitados, contando histórias de um prédio fechado, com suas lindas portas tristes fechadas e trancando a história que está lá dentro, quantas pessoas não ficam sagazes por entrar no prédio e sentir aquela sensação de voltar no tempo de reviver a história. Emocionante.
Não deixemos que nossa história seja ainda mais esquecida, que ela caia junto com nossos prédios.

Texto de Carlos Pinheiro Martins
cpmmartins@yahoo.com.br

Pelotas comemora o dia do patrimônio nos dias 14, 15 e 16 de agosto de 2015. Fonte: http://www.pelotas.com.br/






O texto aqui publicado é de responsabilidade do autor. Caso queira enviar o seu, mande para o e-mail preteritaurbe@hotmail.com.

1 de jun. de 2015

Corintians Pelotense F.C - Futebol feminino pelotense




“Segundo vários sites, o Araguari Atlético Clube (MG) é considerado o primeiro clube do Brasil a formar um time feminino, que em meados de 1958, selecionou 22 meninas para um jogo beneficente.

O sucesso desta partida foi grande que a revista “O Cruzeiro” fez matéria de capa sobre o acontecimento, pois até então, partidas femininas só ocorriam em circos ou jogos de futsal. Em meados de 1959 a equipe feminina do Araguari foi desfeita, por pressão dos religiosos de Minas Gerias. Porém em Pelotas, muito antes, no ano de 1950, existiam dois times de futebol, e bem organizados: Corintians F.C e  Vila Hilda F.C. 
Essa, sem dúvida é a prova que Pelotas foi totalmente inovadora no que se refere ao futebol feminino, porém não usa muita, ou não usa nada, para promover a cidade como percussora.

No dia 23 de novembro de 1950, O Conselho Nacional de Desportos, em nota oficial anunciou a proibição de jogos de football feminino em todo país. Segundo a nota, aquele esporte não combinava com a formação física do “belo sexo”. 


Fonte: Jornal Diário Popular, 13 jul. 1950./ "NOTAS ACERCA DO FUTEBOL FEMININO PELOTENSE EM 1950:UM ESTUDO GENEALÓGICO"

Essa atitude conservadora, provavelmente explique, com os seus reflexos, a distância entre o sucesso do futebol masculino e o feminino no Brasil. A notícia foi estarrecedora, e acabaram com todo o processo de crescimento dos times pelotenses, já estavam confirmados jogos em São Paulo e Rio de Janeiro”.




Reprodução do jornal Folha da Tarde - Edição esportiva - Porto Alegre, 9 de setembro de 1950


Madalena Palombo Pruss, jogadora do Corintians F.C

Leia mais em: "NOTAS ACERCA DO FUTEBOLFEMININO PELOTENSE EM 1950:UM ESTUDO GENEALÓGICO" 


Texto: Hiltor Mombach - Correio do Povo em 7 de julho de 2013
Fonte e fotos: Paulo Roberto Palombo Pruss

26 de mai. de 2015

Novo livro de A.F. Monquelat

O Livreiro, pesquisador e escritor Adão Fernando Monquelat é um nome que se destaca quando falamos de estudiosos da cultura e da história de Pelotas, o dono da livraria Monquelat além de seus livros vem nos brindando atualmente com grandes textos no site "Amigos de Pelotas". No site aborda assuntos sobre a praça do redondo, religião, hotelaria, começou a série de postagem com "A Aéropostale, Mermoz e Pelotas". Seu mais recente trabalho "Pelotas dos excluídos" foi um grande sucesso que agora chega em sua 2ª edição e junto lança seu novo livro intitulado "As praças de Pelotas e suas histórias [Século XIX]" pela livraria Mundial. Para quem curte Satolep vale conferir.


22 de mai. de 2015

Reminiscências da Praça do Coronel (Carrinho do Sr. Nercy Franz)

Nos anos 70 (mais exatamente do dia 20 de dezembro de 1969) em diante este "Carrinho vermelho" (pequeno reboque puxado por um mini-automóvel) foi parte atuante da história da Praça Coronel Pedro Osório e da infância de tantas crianças da época. O senhor que guiava o carro distribuía alegria dando pirulitos a quem quisesse andar. A volta no "carrinho", que tinha capacidade de 12 crianças por vez, dava o direito a um pirulito. Toda essa memória se deve a um Sr. chamado Nercy Franz, que transmitia a sua felicidade aos passeios das crianças. Pura nostalgia! A diversão do seu Nercy foi mais ou menos até o ano de 1995. O vermelhinho foi vendido ainda em vida.

A pergunta que fica é "Onde estará o carrinho da Praça Coronel? Ele bem que caberia dentro do Museu da cidade de Pelotas. Ao que se sabe é que uma pessoa tem posse desse carrinho que fora restaurado, deve ser algum antigo apreciador que no carrinho andava suas tardes de domingo. 

A seguir reprodução de comentário feito neste post:
 Haviam dois pumas vermelhos e uma Lotus verde, que só esteve em serviço por uma semana enquanto os outros dois vermelhos estavam em pintura, aos fins de semana e feriados, um dos carrinhos fica na Praça Júlio de Castilho (Praça dos macacos), hoje Parque Dom Antônio Zattera. Quanto aos motores, haviam dois de reserva, mas que quase nunca eram colocados em serviço, pois raras as vezes que os carrinhos davam problemas! A única coisa que era chato pacas era o óleo que sempre lambuzava as "costelas" do motorista , fora isso tive em seu Nercy Franz, além de um ótimo patrão, um amigo e mestre. Saudades daquele tempo que não volta mais!!”

Abaixo quatro diferentes registro do Sr. Nercy Franz e seu carrinho da alegria. No primeiro momento uma foto do Sr. Vitor Hugo Lautenschlager de setembro de 1984, em seguida foto de Leni Oliveira, na sequencia outro momento registrado por Fran Dilli em 1980, por último foto que saiu em um Guia Turístico de Pelotas também de 1980.


Foto de Vitor Hugo Lautenschlager em 1984.
Passeios de domingo na praça duraram até meados da década de 90. Foto de Leni Oliveira.
O carrinho da Praça em 1980.Foto de Fran Dilli

Foto (editada) de Arthur Victoria Silva. Carrinho do Sr. Nercy anos 80.


Reprodução de página do catálogo "ETURPEL - ENFOKE: Guia Turístico de Pelotas. 1980". Exemplar pertencente ao IHGCL. Reprodução por Arthur H Capão Do Leão.

16 de mai. de 2015

Dois momento do esporte pelotense

        Graças a fotografia e ao Sr. Nelcy Jambeiro (pai) temos dois momentos mágico do esporte de Pelotas registrados. A primeira foto mostra a partida entre Farroupilha e Brasil no campo do Bancário em 1954. A segunda foto também de Nelcy Jambeiro é torcida do Grêmio Atlético Farroupilha provavelmente da mesma década.

Farroupilha e Brasil no campo do Bancário em 1954. Acervo Nelci Jambeiro (Filho).

Torcida do Grêmio Atlético Farroupilha.Acervo Nelci Jambeiro (Filho).


12 de mai. de 2015

Um momento no passado da XV de Novembro

Nesta foto (algum evento esportivo do Colégio Gonzaga) podemos ver toda a fachada da primeira filial das Casas Procópio na rua XV de Novembro, provavelmente década de 40 ou 50. A esquerda Fruteira Frios. Foto gentilmente compartilhada por Letícia Arraldi Boscatto.